Eu, psicologicamente falando

Diria que sou profusão de ideias em convulsão de uma mente perturbada pelos grandes dilemas geopolíticos do século XXI até a singular pergunta “o que serei no futuro ?”.

A dicotomia de um corpo que não me agrada em termos estéticos, sexuais e convencionais, mas que de fato ainda não fiz nada para mudá-lo. Talvez os adjetivos desajeitado, incerto e assimétrico tenham me vencido (a sociedade me venceu). Uma verdade contada várias vezes se torna um fato quando você permite.

Dessa maneira, minha mente (perturbada, como já esclarecido) foi meu escapismo. Nela está meu vigor, minha sagacidade, meu humor e minha comunicabilidade em quantas línguas possa absorver. A ela dei tudo aquilo com a que podia nutrir.

Alimentei-a de filosofia, de arte, de músicas, de humanidade. A ela ensinei que cada um vale aquilo que te mostra, não importa quem seja. Homem; mulher, gay; hétero, rico; pobre, americano; chinês, cada um é complexo e humano quanto eu acho que sou.

Fi-la pensar que sou uma pessoa boa e assim continuarei sendo, afinal o mundo precisa de pessoas como eu (egocentrismo à parte).

Essa mente e esse corpo se juntam frequentemente em busca de outra mente e corpo, não que os complete, mas que os ame. Acho que é querer demais do amor gasoso que é o século XXI às vezes. Entretanto, estou à procura desse espécime, desse diamante no Saara…há de haver. Talvez, o problema esteja no corpo.

Platônico demais ? Talvez. Romântico demais ? Com certeza. Sempre soube que era uma espécie em extinção. Afim de suprir esse meu vazio, eu desenvolvi uma prática bem peculiar.

Eu me alimento de atenção e carinho de garotas, as quais eu não tenho contato pessoal, ou ligação erótica (sentido grego do termo) recíproca, para satisfazer meu vazio amoroso. As pessoas normais chamariam isso de “friend zone”, eu chamo de paliativo.

Então, eu, psicologicamente falando, sou uma mente perturbada, com um corpo por mim ignorado, desajeitado e esquecido (ainda estou trabalhando nisso). Expansivo por sonhos, problemas mundias e pessoais; tentando ser um bom ser humano, para que outro ser humano fêmea me ame.

Parabéns…você descobriu que, psicologicamente falando, eu sou humano…