As mulheres que sou
Do barro em minhas mãos ela brotou.
Mulher-árvore. Inconsciente, consciente do que sou.
Raizes fortes e firmes sustentam a leveza das suas folhas que balançam com o vento.
Ela gosta desse movimento e da brisa nos cabelos.
Mas aprecia a terra molhada debaixo dos seus pés. Terra que a nutri. Precisa estar firme para sentir o movimento. Enraizada.
Para dar e receber.
Reciprocamente.
Flora nasceu enquanto buscava minha menina. Procurando por ela, encontrei minhas mulheres. Mulher dona do seu próprio caminho e decisões. Mas que vê o mundo com os olhos de uma criança.
Flora é minha raiz e também meus frutos. É mudança constante, quatro estações. Lua cheia e minguante. Semente sempre em processo de germinação. É tudo isso e nada.