Baby Driver (2017) — Edgar Wright

Como vocês conseguiram gostar disso?

Ricardo Silva
pequenas impressões cinematográficas

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Um filme de ação que usa — muito bem, diga-se — o elemento musical para compor o ritmo das suas cenas. Eis o resumo do que pode-se dizer do filme do Edgar Wright. Não muito mais do que isso. Com roteiro pobre, e um jogo de atuação um pouco duvidoso — o melhor ator, Ansel Elgort, é justamente aquele que fala menos e tem uma atuação apática (apesar disso contar bastante para a percepção misteriosa do personagem) — , o filme que conta a história de Baby, um jovem que é motorista de fuga de Doc (Kevin Space) se sustenta exclusivamente pela montagem. Se não fosse Jonathan Amos e Paul Michliss, os editores, o longa do Wright seria ladeira abaixo.

Diverte? Sim. Entretém? Sim. Vale a pena? Só se você tiver interessado em cenas de velocidade, tiroteios falseados, Jamie Foxx sendo engraçado e histriônico, e afim de ver o clássico romance água com açúcar do mocinho que precisa ser o bandido e envolve a donzela nos seus erros de vida e ela entra nessa por causa do amor. Tem Jon Hamm e a Eiza González como casal, o que vale como bom escape erótico — apesar do filme nem resvalar nisso. Entendo que há quem goste — afinal gosto é como braço, tem gente que não tem — mas não consigo compreender que exista alguém que chame esse filme de bom. Vá por sua conta e risco.

Baby Driver (2017)
País: EUA
Diretor: Edgar Wright
Roteirista: Edgar Wright
Nota: 2/5

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