Sicario (2015) — Denis Villeneuve

A confirmação de Villeneuve como um dos grandes nomes do suspense

Ricardo Silva
pequenas impressões cinematográficas

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Quando o assunto é narcotráfico, mercado do cinema já teu modelo narrativo consolidado: América Latina ou Califórnia, latinos como grandes traficantes, ou italianos nos subúrbios de Nova Iorque. Mas Villeneuve, trabalhando com o bom roteirista Taylor Sheridan, vai além e brinca com os tons de cinza indicando que não há inocentes na guerra contra as drogas. Numa operação dúbia e misteriosa, em que a agente do FBI (Emily Blunt) precisa se juntar a dois especialistas do governo (Josh Brolin e Benicio Del Toro), a agente identifica algumas falhas de conduta em seus parceiros de missão e se vê num conflito moral e ético. Tudo isso acontecendo sob as lentes do diretor de fotografia Roger Deakins que imprime ao longa uma névoa obscura, que torna os ambientes numa experiência de poder claustrofóbico e agoniante.

É um filme bom de roteiro bem formatado com conflitos realistas e jogos de poder e vingança que confirmam Villeneuve como um grande nome do suspense moderno.

Sicario (2015)
País: EUA
Diretor: Denis Villeneuve
Roteirista: Taylor Sheridan
Nota: 4/5

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