As divas One Hit Wonders dos anos 90

Julia Padovan
Perdidos No Ar
Published in
3 min readMay 2, 2015

Este post tem como objetivo homenagear as musas do sucesso repentino e efêmero que, com sensualidade, charme e irreverência, tornaram-se verdadeiras divas dos One Hit Wonders.

Sinéad O’ Connor — Nothing Compares 2 U

Sinead O’ Connor é conhecida por três coisas: ter rasgado a foto do papa João Paulo II, ter raspado a cabeça e ter feito um clipe com close fechado em seu rosto.

Esse clipe foi responsável pela divulgação do seu maior hit, “Nothing Compares 2 U” está na lista das melhores músicas de todos os tempos da Billboard. Depois desse formato em plano fechado, outros artistas também aderiram ao estilo, como Radiohead no clipe de “No Surprises”.

A música foi originalmente escrita por Prince, mas nunca apareceu em nenhum dos álbuns do cantor, o que resultou na performance da cantora irlandesa em seu álbum I Do Not Want What I Haven’t Got (1990).

I Touch Myself — The Divinyls

Em 1991, a banda australiana The Divinyls lançava seu quinto álbum, causando muita polêmica com a segunda faixa “I Touch Myself”.

Este hit tem uma aura oitentista, o que se deve em parte às influências new wave e à escolha de um tema já abordado por Cindy Lauper, em 1984, na canção “She Bop“: o sexo solitário. No clipe, a vocalista Chrissie Amphlett sensualiza até com a tábua e o ferro de passar roupa.

Kiss Me — Sixpence None The Richer

O nome da banda vem de uma passagem do livro “O Cristianismo Puro”, de C.S. Lewis, o que talvez tenha sido responsável pelo rótulo: pop cristão.

Foi celebrando o amor cristão que os integrantes do Sixpence alcançaram o sucesso em 1996. A música teve sua primeira aparição na segunda temporada da série Dawson’s Creek, sendo reproduzida em diversas outras trilhas sonoras de comédias românticas, posteriormente.

Depois de “Kiss Me”, que lhes rendeu um disco de ouro, a banda fez sucesso apenas com covers, uma versão de “There She Goes” do La’s e outra de “Don’t Dream It’s Over” do Crowded House.

No clipe há uma ótima referência ao filme “Jules e Jim” de François Truffaut.

Lovefool — The Cardigans

A verdade é que essa música não foi o único hit da banda, “Favorite Game” também fez muito sucesso e esteve presente na vida de quem jogava Gran Turismo no Playstation 1. Além de ter um clipe bem mais legal, com três finais diferentes. Mas como o mundo é injusto, “Lovefool” atingiu maior representatividade, transformando-se na marca registrada da banda.

A sétima faixa do álbum First Band On The Moon(1996) tem uma melodia inofensiva e inocente, mas sua letra é um tanto subversiva para uma canção de amor, uma vez que a vocalista Nina Persson pede para que seu amado finja que a ama. Se conseguir colocar as mãos nesse disco, avance duas faixas depois de “Lovefool” e você poderá conferir uma versão um tanto excêntrica de “Iron Man” do Black Sabbath.

Bitch — Meredith Brooks

Com claras influências de Alanis Morissette e Sheryl Crow, Meredith Brooks emplacou esse hit que, curiosamente, se difere do resto do album Blurring the Edges (1997), o qual apresenta uma sonoridade mais calma e introspectiva.

Com guitarras e refrão explosivo, “Bitch” foi considerada mais uma réplica do estilo das cantoras que estavam em evidência no momento, ainda assim — e talvez por isso mesmo — atingiu um enorme sucesso.

Originally published at www.perdidosnoar.com.br on October 8, 2012.

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