Minha alma nua
Nos porões escuros do meu interior
eu me encontro
solitária e firme
em minha própria essência
Quem sou eu, afinal?
Às vezes indago a mim mesma
Curiosa, investigativa
Ao me observar, eu consigo capturar a minha verdade?
E se assim eu fizer
Serei capaz de me aceitar e me amar?
De me acolher em minhas imperfeições?
De encarar minhas falhas com coragem?
Quanto mais aprofundo em mim
Sinto destacar as amarras
Folha por folha
Camada por camada
Tiro as máscara e as maquiagens
Elas cobrem o que nem mesmo eu posso ver
Purifico e me despido
Deixo-me ser
Ao me ver, simplesmente nua
De alma despida, eu sorrio.
Inspiro a verdade do meu ser
E dela eu me preencho
Há sempre um outro ângulo
Uma nova forma de ver
Como um sorriso em meio a rachadura
Uma melodia em meio ao silêncio
Preencho-me de esperança
A cada dor, um novo aprendizado
A cada aprendizado, um novo caminhar
Como uma metamorfose em constante construção.