É preciso ter cabeça

Luiz Maritan
Petardos & Canetas
Published in
1 min readAug 17, 2016

Um atleta de excelência não se faz apenas de músculos, talento, apoio, garra, repetições de movimentos ou treinamentos intensivos. Um atleta de destaque se faz também de uma força mental suficiente para que ele cresça e se torne ainda mais forte perante os adversários no momento da decisão.

Isso está faltando — e muito — para os brasileiros nesta Olimpíada. Do basquete masculino ao vôlei feminino, passando pelo futebol feminino, pela natação e tantos outras modalidades, vivemos momentos em que caímos em situações que permitiam a certeza de ir mais longe.

Como em uma maldição de Thiago Silva chorando antes da decisão por pênaltis, atletas brasileiros não conseguem chegar ao melhor desempenho pessoal na hora mais importante. Raras e elogiáveis são as exceções a uma regra que vem trazendo decepções tão inexplicáveis quanto surpreendentes.

É tempo de se lamentar derrotas e de valorizar o desempenho de quem está entre os melhores do mundo. Afinal, isso é para poucos. Mas, principalmente, é hora de corrigir a cabeça do atleta brasileiro, sob pena de, olimpicamente, continuarmos a ser o país do quase, o povo da lamentação do dia ou da noite ruim, de quem podia ir além, mas ficou pelo caminho.

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Luiz Maritan
Petardos & Canetas

Jornalista, contador de histórias que viram livros ou não e uma pessoa com fortes laços de amizade com o Zorro