Empresas Juniores da UFAM e seu papel na formação acadêmica
Por Nendra Sued
Empresa Júnior (EJ) é toda associação civil sem fins lucrativos e com fins educacionais, formada por alunos de ensino superior ou técnico.
Com base em dados disponibilizados pela Pró-reitora de Inovação Tecnológica (PROTEC), existem 16 empresas cadastradas na UFAM. Dessas, 15 são da capital e uma do interior. Entre as empresas da capital, estão a AZ Consultoria, de Agronomia e Zootecnia, a Arco Consultoria, de Arquitetura e Design e a ReatEQ, de Engenharia Química.
Origem das Empresas Juniores
O conceito de empresa júnior surgiu na França, em 1967, quando alunos da L’École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales (Escola Superior de Ciências Econômicas e Comerciais) perceberam que era necessário complementar seus conhecimentos teóricos com a prática em meio à formação acadêmica e decidiram fundar a Junior ESSEC Conseil, adquirindo assim a realidade empresarial que buscavam.
Baré Júnior
Baré Júnior é a Federação de Empresas Juniores do Estado do Amazonas e existe há quatro anos. Ela é o “principal agente de transformação que representa e potencializa as Empresas Juniores do Estado”, ressalta Daniel Moreira, estudante de Engenharia Elétrica na UFAM e coordenador de Expansão, departamento que leva o Movimento Empresa Júnior (MEJ) às universidades.
Daniel está há oito meses na federação e explica que ele, como coordenador de Expansão, é responsável pelo processo de associação das empresas à rede. “Quando há interesse dos alunos em fundar uma EJ, nós oferecemos apoio com o Plano de Navegação. Com ele, auxiliamos em documentações, ferramentas e metodologias, tudo que uma empresa precisa ter para iniciar suas atividades” — acrescenta ele.
Atualmente, a Baré possui 21 empresas federadas que, em sua maioria, são da UFAM.
Importância
De acordo com a Cartilha de Orientação à Criação e Qualificação de Empresas Juniores da UFAM, uma EJ é importante, pois:
- Proporciona as condições necessárias à aplicação prática da teoria aprendida no curso, dando-lhes a oportunidade de vivenciar o mercado de trabalho;
- Intensifica o relacionamento entre as instituições e o meio empresarial;
- Promove o desenvolvimento econômico e social da comunidade enquanto fomenta o empreendedorismo de seus associados;
- Melhora as condições de aprendizado no âmbito dessa atividade de extensão.
Bianca Pardo cursa Arquitetura e Urbanismo e faz parte da Arco Consultoria há um ano e meio. Atualmente ela ocupa o cargo de diretora-presidente e vê a empresa júnior como a “oportunidade para que estudantes, ainda na graduação, tenham contato com mercado de trabalho de suas futuras profissões.” Ela define a equipe como um “laboratório para que possam aprender, praticar, errar, mas também reinventar com o conhecimento adquirido ao longo do curso.”
Para Victor Araújo, graduando de Agronomia e diretor de Vendas e Marketing da AZ Consultoria, “o universitário que faz parte de uma EJ tem uma experiência empresarial ativa e uma melhor formação de liderança. Ao conhecer as atividades do dia a dia de uma empresa, o graduando adquire e desenvolve as habilidades exigidas pelo mercado de trabalho, como tomada de decisões, inteligência emocional e pensamento crítico. Além de ser incentivado a abrir sua própria empresa após sair da faculdade.”
Projetos
As empresas possuem uma Diretoria de Projetos, em que “gerenciam e desenvolvem projetos, trabalhando com outras diretorias, para contribuir com a experiência empresarial, técnica e prática dos envolvidos; além de buscar parcerias com professores do departamento do curso e de áreas relacionadas para colaborar com as nossas atividades”, explica Vitor Fernandes, graduando de Engenharia Química e diretor de Projetos na ReatEQ.
Existem também os chamados Projetos Compartilhados, que ocorrem quando existem, no mínimo, duas EJs desenvolvendo um único projeto.
“Atualmente estamos nos capacitando para entrar no mercado de mídias sociais (design) juntamente com uma EJ de administração, enquanto também focamos em projetos mais completos de paisagismo (arquitetura) em parceria com uma EJ de Engenharia Florestal. Somos um mundo de possibilidades”, enfatiza a diretora-presidente da Arco.
Serviços
As empresas desempenham serviços relacionados ao mercado de trabalho de sua área de estudo. A ReatEQ, por exemplo, realiza Análise de Óleo, Análise de Água e Destinação de Resíduos. A Arco executa diversos serviços em Arquitetura e Design, como projetos arquitetônicos e paisagístico, design de interface para aplicativos e sites e editoração. Já a AZ Consultoria está composta apenas por alunos de Agronomia e, no momento, Hortas Urbanas, Jardinagem e Análise de Solo são alguns dos serviços prestados.
Visibilidade
“Nós como federação realizamos diversos eventos visando a conexão de nossa rede, como o Encontro das Águas, o EAMEJ (Encontro Amazonense de Empresas Juniores) e o Ajuricaba”, destaca o coordenador de Expansão da Baré Jr.
Na UFAM ainda não existe uma solenidade para divulgar as EJs. A PROTEC informa que promoveria o EJ Day, um evento para dar destaque às empresas e estimular o espírito empreendedor dos estudantes, porém em razão da pandemia não foi possível desenvolvê-lo.
“Em nosso caso existe somente a Semana de Agronomia, onde temos a oportunidade de nos apresentar, demonstrando nossos serviços e apresentando o MEJ”, ressalta o diretor de Vendas e Marketing da AZ Consultoria.
Conheça as Empresas Juniores da UFAM
A lista das EJs está disponível em: www.protec.ufam.edu.br/menu03item01.html
Empresas entrevistadas
Federação de Empresas Juniores do Amazonas
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Acesse o link para saber mais: https://drive.google.com/drive/u/0/mobile/folders/1CbcezT-ojC7eNrVg4RYStnnDr4IpqNSI