ALICE, UMA MULHER QUE JÁ DEU ALTAS PALETADAS!

Alice é nossa Diretora de Produto e Operações na Pier! E aqui está a história dela pra vocês entenderem o quanto ela é demais:

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Pier. Stories
8 min readAug 5, 2021

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Nascida e criada em Salvador, Bahia, Alice vem de uma família em que a engenharia é tradição. Quando criança, ela foi responsável por alguns clips de papel na tomada e por arquitetar mini projetos de lego. Seu maior sonho era aprender a construir trens que levitam, e bom, acho que vocês já entenderam qual faculdade ela escolheu.

Alice se mudou para Campinas e se formou em Engenharia Elétrica pela Unicamp. Ficou 3 anos por lá até que apareceu uma oportunidade incrível: cursar 2 anos de sua faculdade em um lugar muito humilde: Paris! Ela contou pra gente que o intercâmbio foi uma de suas experiências mais enriquecedoras, porque teve a oportunidade de mudar sua visão de vida, conhecer outros costumes e culturas.

“Eu gosto de experiências que criam novas visões de mundo”

CARREIRA: DOS ARREDORES DA OPÉRA DE PARIS PARA A JUSCELINO KUBITSCHEK

Durante o intercâmbio na França, Alice fez 6 meses de estágio na Printemps, uma empresa concorrente da Galeries Lafayette. Em pouquíssimo tempo ela automatizou todo o seu trabalho tão rápido que chegou a ficar até entediada. Por isso, ela procurou se envolver em tarefas diferentes, começou a ajudar com todos os dashboards para as diretorias, fazia validação dos dados e ainda deu uma espiada em outras áreas — aprendeu SQL e a identificar erros no código. Com uma estrutura mais rígida e burocrática, Alice pôde aprender como era crescer em empresas de grande porte, e a partir desse aprendizado, ela entendeu que gostaria de ir para um lugar em que pudesse ter um nível de desafio maior, pelo qual pudesse se desenvolver.

Ao voltar para o Brasil, Alice foi atrás de seu objetivo. Ela escolheu os desafios que a consultoria poderia trazer e conseguiu, após diversas entrevistas, uma oportunidade na McKinsey, uma das melhores empresas de consultoria estratégica do mundo. Além de ser a única mulher dentre os 7 únicos funcionários da McKinsey em Salvador, Alice pôde começar ali mesmo um projeto para a Secretaria de Saúde do município, e foi através dele que descobriu sua paixão por iniciativas de impacto social. Os projetos saíam na rádio, então ela tinha contato com depoimentos e feedbacks diretos da população. Por conta desses feedbacks ela tinha a sensação que de fato faziam a diferença através dos projetos, e com isso, se sentia realizada.

Alice entrou na McKinsey com a expectativa de aprender em quantidade, qualidade e no menor tempo possível, a fim de tocar projetos estratégicos e conhecer alta diretoria. Participava da criação de planejamento estratégico para grandes empresas, e mesmo sendo super ativa nessa construção, queria colocar ainda mais a mão na massa.

Após os 2 primeiros anos na McKinsey, Alice ganhou um sponsorship de MBA pela empresa, com o foco em retomar o trabalho como associada após o curso. Na mesma época, ela teve a oportunidade de escolher uma outra empresa para passar um ano antes de voltar para a McKinsey. Assim, Alice foi para o Guiabolso muito pelo propósito e paixão por iniciativas que mudam a vida das pessoas, assim como nos projetos de impacto social que realizou no início de sua trajetória na McKinsey. Por vir de uma família empreendedora, a missão que teria na Guiabolso parecia mais com o seu propósito.

Alice na época do Guiabolso

Era tão parecida com seus propósitos e princípios que a McKinsey e o MBA viraram apenas uma lembrança na vida de Alice. Mesmo tendo aplicado e sido aprovada para escolas como Harvard, Wharton, Chicago, Kellogg, ela recebeu a oferta do CEO da Guiabolso para ficar por lá como efetiva. Depois de pensar por 3 difíceis meses, ela optou por ficar na Guiabolso. A paixão por construir e ver o resultado dessa construção, o impacto que essa construção teria na vida das pessoas, contaria mais do que o fato dela ter feito MBA, além de Alice ter se apaixonado profundamente pelo ambiente de Startup.

Na Guiabolso, ficou por 2 anos na área de produto: Participou do lançamento do produto de crédito da empresa, que inicialmente foi lançado no aplicativo próprio, mas posteriormente fizeram uma mudança. Se perguntaram “E se lançássemos isso em um site externo?”

Em 1 mês venderam o que estava planejado para ser vendido em 1 ano. Com a alegria, veio o desespero: surgiu uma demanda gigantesca de atendimento e operação para conseguir contato com todos esses novos clientes. Fizeram uma operação em um fim de semana para lidar com a demanda. Ela sentava com Marcio, líder de operações na época, com o intuito de automatizar, desenhar queries, scripts, etc. Foi por conta desse fim de semana que Alice foi convidada para a área de operações, e topou. Atualmente sabe que, apesar de gostar das tarefas, não seguiria em uma liderança de operações para área de vendas e nem cobrança, estes foram dois pontos que ela acabou não se identificando, pois não são voltados diretamente à satisfação do cliente.

Após 4 anos na Guiabolso, Alice sentiu que era hora de mudar de ares. Com essa mudança de perspectiva, ela optou por deixar a empresa e buscar outras propostas. Saiu desempregada de propósito, não fez uma pesquisa de mercado antes de mudar da McKinsey para a Guiabolso, então colocou a meta de conversar com pelo menos 30 pessoas antes de se movimentar novamente. Passou 3 meses nessa perspectiva, sendo que no 1º mês foi pra Juqueí descansar e surfar, no 2º mês iniciou conversas para criar a rede de contatos, e 3º mês ajustar e tomar a decisão, além de planejar sua tão sonhada viagem para a Índia.

OK, MAS E A PIER?

Lembram da Alice lá na Unicamp? Então…

Um dos melhores amigos de Alice morava com Igor (isso mesmo, esse Igor que você tá pensando. Mas se você é novo por aqui, sem problema, te apresentamos: Igor é o nosso CEO). Esse grande amigo de Alice na época da faculdade morava em uma república para baianos chamada 071.

Enquanto Alice criava a rede de contatos no seu segundo mês pós Guiabolso, Felipe Moreno, amigo seu, fez referência a Igor e a Pier em um almoço com ela. Na mesma semana, em uma conversa com o Florian da Loft, ele indicou também o Igor. Esperta que só, Alice ficou pensativa sobre porque, por duas vias totalmente diferentes, tinham falado sobre Igor para ela.

Foi a partir daí que ela foi ao escritório da Pier. Na época, ainda tinham apenas 9 pessoas e ela conversou com Meda, apelido do Igor, Fifo, um dos fundadores e nosso CTO, e Lucão, um de nossos co-founders, e adorou a proposta da Pier.

“Eu acredito que uma startup é reflexo dos fundadores. Toda a cultura da empresa, é um reflexo de quem os Founders são”

Alice costuma fazer uma “due diligence” dos fundadores, justamente para entender como é a cultura da empresa, que consiste basicamente em perguntar para outras pessoas sobre os valores e índoles de cada um deles. Para fazer a due diligence foi fácil, e o resultado não poderia ser diferente: todos os fundadores acreditavam no que estavam construindo.

Depois de suas primeiras duas semanas na Pier, Alice fez sua viagem para a Índia que havia planejado, passou um mês fora, e voltou. Entrou inicialmente como Operação, mas após um tempo, entendeu e explicou para Igor que a empresa não precisava de uma líder de operação, mas sim de uma líder de Produto. Depois dessa percepção, Alice começou a evangelizar a empresa sobre o que de fato seria produto, e acabou se candidatando para a vaga de Produto. Depois de 6 meses construindo a área, Alice voltou a tocar também a parte de Operações, e assim tornou-se a grande figura de Operações e Produto aqui na Pier.

Atualmente, ela cuida do produto de ponta a ponta, em todos os canais digitais (site e app). Além disso, é responsável pelo desenho de qual a oferta específica deve ser feita para qual membro, com o objetivo de deixá-los satisfeitos. Já em operações, ela acompanha todo o Customer Experience (atendimento ao cliente e acompanhamento das jornadas), operações de sinistros e prevenção à fraude, além das regras de quem pode ser aceita na comunidade da Pier e quanto vai ser cobrado por cada seguro.

NÔMADE DIGITAL E SURFISTA

Alice é uma grandíssima fã de esportes: a mulher surfa, rema, joga ping pong, basquete, futsal, vôlei e ainda por cima tá aprendendo a andar de Kitesurf! (sim leitor, eu autora também fiquei impressionada).

Ela já pôde viver inúmeras experiências sensacionais na sua atual jornada como nômade do trabalho distribuído. Desde o início da pandemia, Alice tem viajado por cantos incríveis aqui no Brasil, dentre eles, a praia de Jericoacoara. Lá, conheceu uma professora de surf, um professor de Kitesurf, além de pessoas de todo o Brasil que se mudaram de vez para lá, seja para montar um bar, trabalhar nas lojas, restaurantes e bares locais, ou ainda pessoas que se mudaram para montar pousadas. Entrar em contato com outras culturas e outras formas de enxergar a vida é o verdadeiro motor da vida de Alice. Nos 5 anos que morou em São Paulo antes do COVID 19, sempre conviveu com pessoas muito parecidas entre si, e sentia falta da diversidade de pessoas que poderia conhecer vivendo outras experiências. A partir do trabalho distribuído, modelo adotado permanentemente pela Pier, viver tudo isso se tornou possível!

Apenas uma das muitas experiências marcantes de Alice, sua viagem à Índia

PASSADO X PRESENTE: OS MAIORES DESAFIOS DE ALICE

O maior desafio que Alice viveu na Pier foi participar de toda a construção do produto de automóvel. Por nunca ter liderado a construção de um produto do zero, nunca havia olhado de uma ótica tão ampla de contato, desde validar o product market fit a conseguir um modelo de gestão que permitisse tocar dois produtos em paralelo em uma empresa tão enxuta.

Quanto aos desafios no futuro, a ideia é tornar a empresa menos dependente da diretoria, Alice e Fifo ainda entram muito na Operação, mas o objetivo é passar isso para a perspectiva dos Heads, para evoluir cada vez mais o time. Até hoje, o maior desafio como empresa foi comprovar o modelo de crescimento, e agora, é conseguir trabalhar em múltiplas frentes com a mesma velocidade e nível de entrega.

Artigo escrito por Vitória Kos Orsi a partir de entrevista com Alice Iglesias.

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