Crítica: As Golpistas (Hustlers)

Cainan Silva
pipocainan
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2 min readJan 23, 2020

Escrito e dirigido por Lorene Scafaria, As Golpistas é inspirado em uma história real publicada, como artigo, na revista New York Magazine. Do luxo ao lado mais obscuro, o longa mostra os altos e baixos de um grupo de strippers.

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O elenco é repleto de mulheres que exalam talento e sex-appeal. As escolhas são certeiras para os respectivos papéis. As cantoras Lizzo e Cardi B encantam mesmo sem muito tempo de tela e até Lili Reinhart, de Riverdale (sim, Riverdale), entrega vários alguns cômicos. No entanto, o grande destaque é, sem dúvidas, Jennifer Lopez, em um papel que pode ser considerado o mais aclamado de sua carreira. Ela interpreta Ramona, uma dançarina bem sucedida que acolhe a protagonista Destiny, que ainda é iniciante. Juntas as duas personagens acumulam conquistas até que a crise de 2008 na economia norte-americana atinge diretamente os clubes de strip-tease.

Todo o luxo e o entusiasmo do primeiro ato dão lugar a uma visão mais realista das vidas das garotas, especialmente Destiny. Ela passa por algumas dificuldades por ter que se acostumar com um padrão de vida mais simples do que ela estava vivendo nos últimos anos. Isso muda quando ela reencontra Ramona e juntas planejam uma nova forma de ganhar dinheiro. O filme, então, assume uma postura mais sóbria e focada na questão criminal e que não empolga tanto quanto sua primeira parte.

Mesmo Lopez e Wu tendo bastante química quando contracenam, a velocidade com que as coisas acontecem não permitem que relação de amizade das duas seja tão convincente quanto deveria. Todo o carisma e fervor do longa vai se esvaindo conforme nos aproximamos do desfecho que soa monótono.

Bom

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Cainan Silva
pipocainan

Há muito tempo eu já sabia que nem tudo é céu azul, que há também melancolia na vida de cada um