Crítica: Palm Springs (2020)
2020 tem sido afetado em todos os âmbitos pela pandemia e com o cinema não foi diferente. Muitos projetos aguardados tiveram suas datas de lançamento adiadas e a maioria dos filmes que chegam ao público são por meio de serviços de streaming. É o caso da comédia romântica Palm Springs. Lançado no Hulu, o longa dirigido por Max Barbakow é divertido e mesmo trabalhando um tema recorrente não soa repetitivo.
Nyles (Andy Samberg) está acompanhando sua namorada Misty (Meredith Magner) no casamento da amiga dela e lá ele conhece Sarah (Cristin Milioti), a irmã da noiva. Os dois acabam presos em um loop temporal, tema conhecido de filmes como Feitiço do Tempo (1993) e o mais recente — e excelente — A Morte Te Dá Parabéns (2017). Nyles e Misty passam a buscar uma maneira de escapar enquanto desenvolvem sentimentos um pelo outro.
É impressionante a facilidade que o Andy Samberg tem em ser engraçado. Ele entrega as piadas com facilidade e passeia pelos momentos cômicos do roteiro. Nunca subestime a capacidade de persuasão de um homem narigudo é engraçado. A química em cena entre Andy e Cristin, algo essencial em uma comédia romântic, a é natural e contribui muito para a trama.
Em alguns momentos, é utilizada a troca de perspectiva entre os protagonistas para sabermos o que está acontecendo na jornada de um deles quando estão sozinhos, algo similar com o que é feito em La La Land. Ajuda a manter a agilidade no roteiro do filme, já que muitas das cenas acabam se repetindo por conta do loop. A participação de J.K Simmons como Roy, uma figura misteriosa do passado de Nyles, é curta, mas o ator consegue se destacar mesmo assim. Muito talentoso e carismático.
A mistura entre cenários desérticos e uma trilha sonora futurista valorizam a parte de ficção científica do longa. No entanto, o longa não se aprofunda muito na questão temporal e científica, a duração de 1h30 nem permitiria, mas ele compensa entregando 90 minutos de bastante diversão.
Trailer: