Qual é a da música popular brasileira hoje?

Redação Pirata Cultural
Pirata Cultural
Published in
3 min readSep 17, 2017

Segunda semana temática da Pirata quer discutir a música brasileira atual em diferentes aspectos. Participe com seu texto!

Não apenas a MPB, a música popular — pop, são os ritmos brasileiros que estão tocando nas rádios, nas festas e que não saem da boca do povo.

Se um dia Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Tim Maia, Cazuza e Rita Lee foram alguns dos representantes da música pop brasileira, se tornando conhecidos internacionalmente, hoje o posto é ocupado por outros nomes e, principalmente, em ritmos diferentes entre si.

Os rostos do pop nacional são Anitta, Pabllo Vittar, Luan Santana, Marília Mendonça, Ivete Sangalo, Mc Kevinho, entre outros, que passeiam entre o funk, sertanejo, eletrônica e axé. Anitta e Pabllo, inclusive, estão em uma escalada até a fama internacional, e prometem levar a música brasileira para o mundo.

Matéria na Billboard EUA sobre Pabllo e sua parceria com Anitta e Major Lazer.

Mesmo que ritmos como o funk, sertanejo e o axé existam há tempos, hoje, mais do que nunca, as fronteiras entre artistas está menor, e vemos a construção de músicas que se apoiam em artistas de diferentes segmentos, levando fãs a ouvirem aquilo que não estão habituados. O que acontece é que músicas que antes eram de nicho, viram pop nacional.

E como uma mulher e uma drag queen assumiram o topo da música brasileira?

Onde o funk, ritmo por anos subjugado, fica na música brasileira, sendo que domina as paradas de sucesso no país?

E o sertanejo, por quais transformações passou até dominar as rádios brasileiras? E o que significa tantas mulheres, finalmente, encabeçarem o ritmo?

O top10 é dominado por sertanejo e funk, e só Pabllo Vittar possui 3 músicas no top10.

Além disso, a MPB parece tomar cada vez mais um posto alternativo no Brasil, com nomes fortes como Céu, Tulipa Ruiz, Liniker, Jhonny Hooker, Criolo e Marcelo Jeneci, admirados pela crítica, mas que não são capazes de mexer milhares a comprarem suas músicas. Qual é a estrutura que a música brasileira atual tomou? E quais são os caminhos para um mercado fonográfico que vive pouquíssimo da venda de música?

A mídia, principalmente a Globo, parece selecionar alguns artistas “favoritos”, em detrimento de outros. Como é feita essa escolha? E como uma banda alternativa sobrevive com o desdém da grande mídia? Qual o papel da internet na divulgação de novos nomes?

Esses são questionamentos que deixamos para a segunda semana temática da Pirata, que acontece a partir de 25 de setembro. Nos mande seus textos, argumentativos, ensaios, listas, contos e crônicas sobre o tema, e contribua com essa discussão. Se você já é autor, procure um dos editores da Pirata, e caso queira colaborar (apenas dessa vez, ou sempre com a revista), preencha esse formulário. Aceitamos textos até domingo, 24 de setembro.

E aí, vamos debater a música brasileira?

--

--