Você está em um relacionamento abusivo com o tempo?

Mariana Bandarra
Planejamento Selvagem
5 min readFeb 13, 2019

Você sente que tem tempo para o que você precisa? E para o que você quer?Boa parte de nós vive sempre correndo. Sempre atrasada. Sempre culpada por não ter feito antes, por não ter terminado ainda, por roubar tempo aqui e ali para os prazeres que fazem a vida valer a pena.

Se identificou? Talvez você esteja em um relacionamento abusivo com o tempo. Pra te ajudar a entender melhor este fenômeno, nós do Planejamento Selvagem preparamos esta listinha de três sinais de que é o tempo que está por trás de suas decisões de vida.

Como assim, abusivo?

Nos relacionamentos abusivos, é comum uma das partes ser imprevisível e implacável, enquanto a outra faz de tudo para tentar agradar, não por amor ou devoção mas por medo de provocar uma crise. Você sente que o tempo joga ao seu favor ou que ele está contra você?

Em um relacionamento abusivo, a gente acaba se habituando a coisas que não são normais — e é aí que mora o perigo. O tempo é um conceito abstrato, ele não pode ser bonzinho ou malvado, mas a forma como nos relacionamos com ele reflete as expectativas das pessoas e da cultura que nos cercam.

Dá pra romper com esse velho paradigma da produtividade tóxica e entrar em um caso de amor com o seu tempo — mas é impossível mudar aquilo que a gente não vê, por isso para te inspirar.

3 sinais de que você está em um relacionamento abusivo com o tempo

1. Você sente que não tem autonomia sobre seu tempo.

Por exemplo, se alguém te convida para alguma coisa legal, você solta um suspiro de resignação e responde: “Não posso, tenho que…” O final dessa frase pode variar de acordo com as circunstâncias: trabalhar, estudar, arrumar a casa, ou qualquer outra atividade que você sente que não escolheu realmente, mas que é obrigada por uma força maior da qual você não pode escapar. Se você sente que suas escolhas não são exatamente suas, que você precisa fazer certos sacrifícios para apaziguar a fúria do tempo, esse é um sinal de que você está em um relacionamento abusivo com ele.

2. Você negocia suas necessidades, mas não negocia o prazo.

A nossa cultura glamuriza um estilo de produtividade que só é possível para as máquinas. E pra piorar a situação, as pessoas cada vez mais têm a expectativa de resultados instantâneos. Por isso, é muito comum que, na hora de dizer quanto tempo você precisa para fazer um trabalho, você diga o menor prazo possível — mesmo que ele exija que você abra mão de suas necessidades profundas para cumpri-lo. Esse raciocínio funciona mais ou menos assim: “Acho que se eu dormir menos, não parar para almoçar e nem pra descansar, consigo entregar isso até sexta de tarde.”

Essa capacidade de se anular para fazer tudo no menor prazo possível é muito valorizada em teoria, mas na prática raramente você será recompensada (ou sequer reconhecida) pelos sacrifícios que fez. A verdade é que a esmagadora maioria dos prazos é arbitrária — a não ser que você esteja no negócio de salvar vidas, ninguém vai morrer se você combinar que vai entregar na segunda-feira. A ideia de que o mundo vai desabar se você negociar um prazo é um sintoma clássico de que você está em um relacionamento abusivo com o tempo.

3. É mais fácil se desesperar do que esperar.

Quando você passa o tempo todo atrasada, “correndo contra o tempo”, é fácil se habituar a níveis astronômicos de ansiedade. Se você já se pegou, exasperada, dizendo (ou sentindo) “Não tenho tempo pra nada”, pode ter certeza que você está em um relacionamento abusivo com o tempo. Você tem tempo para aquilo que é importante para você.

Se você não decidir o que é importante para você, saiba que há um mundo lá fora cheio de pessoas prontas para exigir seu tempo e sua atenção sem cerimônia. O seu tempo pertence a você e a responsabilidade de priorizar aquilo que é importante mesmo é só sua. Se você tem tempo para se desesperar e para reclamar que não tem tempo, você tem tempo para reconhecer que dá pra fazer diferente.

Se você não decidir o que é importante para você, saiba que há um mundo lá fora cheio de pessoas prontas para exigir seu tempo e sua atenção sem cerimônia.

Me senti representada, e agora?

Saiba que você não está sozinha: a maioria de nós está, sim, em um relacionamento abusivo com o tempo. E mesmo fazendo nosso melhor para sair dessa mentalidade, a gente tem vergonha. É assim que um relacionamento abusivo funciona — de repente você acredita, apesar de todos os sinais, que não é tão ruim assim. Precisamos conversar sobre tempo, sobre autonomia, sobre um jeito de realizar que não exija que você sacrifique quem você é de verdade — inteira.

Desde a hora que o despertador toca até a hora em que você vai dormir, tem muitas coisas que você não controla, mas você pode (e deve) escolher o que você faz com o seu tempo. É você quem decide o que é importante. E você decide como quer se sentir no processo. ​

O que o Planejamento Selvagem pode fazer por mim?

Pronta pra se apaixonar pelo seu tempo? O Planejamento Selvagem 2019 está de portas abertas por tempo limitado. É uma metodologia de planejamento diferente, baseada em métricas femininas e cheia de recursos para te ajudar a criar um plano que tem lugar para tudo o que é importante para você. Sentiu o chamado? Clique aqui para se inscrever no Planejamento Selvagem 2019. ​

Para cada um dos nossos módulos em vídeo, você tem acesso a atividades e ferramentas transformadoras — para garantir que tudo o que você aprender vai fazer sentido na sua vida. Além disso, todo mês você recebe um check-in para manter seu planejamento ativado e flexível, e ainda pode participar dos nossos encontros online para aprofundar nossas trocas e se integrar em uma comunidade vibrante de outras criadoras como você.

A gente mal pode esperar para celebrar as coisas lindas que você vai fazer com seu tempo.

Sozinha é muito difícil. Vamos juntas.

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Mariana Bandarra
Planejamento Selvagem

Criadora. Mulher mágica. Escritora de mundos. // Creator. Magical woman. Writer of worlds.