Estreando a nova arquitetura de informação do Planet 4: a jornada do Greenpeace Brasil

Como nasceu o primeiro site do P4 com a nova arquitetura de informação

Jade Maré
Planet 4
5 min readOct 17, 2022

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Oi! Como é a minha primeira vez nesse espaço (e com o primeiro post em português!), talvez seja bom me apresentar. Me chamo Jade, moro em São Paulo e coordeno a área de Mobilização Digital do Greenpeace Brasil, que é responsável pela estratégia dos nossos canais digitais, como site, CRM, redes sociais e inteligência de dados.

A Renata Persicheto, analista de inteligência de dados no meu time, também colaborou com esse post! Obrigada, Rê! 😃

Participamos do Planet 4 (P4, para os íntimos, que é o site de muitos escritórios do Greenpeace) desde 2018, que curiosamente é quando entrei na organização. Sou jornalista de formação, então o esforço contínuo de melhorar a experiência do nosso site não era só uma prioridade, mas também um desejo, desde que comecei a coordenar a área. Quando fiquei sabendo que o Greenpeace Internacional (GPI) estava desenvolvendo uma nova arquitetura de informação, queria já saber como podia participar.

Apresentação da nossa jornada para a comunidade internacional (em inglês)

Por que ser os primeiros

O objetivo fundamental do P4 é quebrar a barreira de informação e, em vez de ser um repositório de conteúdo, dar possibilidades de engajamento e mobilização para várias regiões que o Greenpeace atua, e no Brasil não é diferente. Quando vimos que a nova Arquitetura de Informação poderia nos ajudar a chegar nessa visão, queríamos largar no começo da fila.

Se você é brasileiro, sabe que, sem medir palavras, tá foda ser ativista ambiental, ou mesmo se importar com os direitos humanos mais básicos por aqui (que os colegas internacionais não percebam que coloquei um palavrão no blog deles 😬).

Com isso em mente, queríamos ter certeza de que estávamos construindo um site que explicitava claramente nossos desafios, mas que também tenha espaço para esperança e construção coletiva. O Greenpeace completou 30 anos de ativismo no Brasil, então ter um site que prioriza a experiência do usuário em apresentar oportunidades de mobilização foi fundamental para a gente.

Cronograma do projeto com papéis e responsabilidades claros para organizar tarefas de diferentes equipes (link)

A nossa jornada

Com esse desejo em mente, começamos a colaborar com o GPI na nova arquitetura de informação desde o comecinho. Adaptamos testes de navegação para as nossas audiências brasileiras para garantir que estávamos tomando decisões centradas no usuário, não só no menu de navegação, mas também na taxonomia do site e nas páginas principais que levam para os assuntos mais profundos de nossas campanhas.

Um desafio enorme em toda a jornada é que queríamos lançar o novo site a tempo do Greenpeace Brasil completar 30 anos (foi no dia 26 de abril e, spoiler, conseguimos!). Na prática, tínhamos 2 meses para finalizar tudo, o que também foi uma oportunidade para priorizar as decisões que mais se conectam com nossas pesquisas de audiência — além do teste de navegação, também fizemos uma auditoria de SEO para garantir que o conteúdo seria conectado aos principais anseios das pessoas em relação aos nossos temas.

Quadro de taxonomia que conecta o menu de navegação com as principais páginas e formatos (link)

Com clareza no que queríamos fazer, foi hora de pensar como iríamos colocar na prática. Ter tipos de página bem definidos e conectados com a arquitetura de informação, construídos a partir de blocos e templates, ajudaram a organizar nossas ideias de conteúdo. Também mapeamos todas as páginas existentes na estrutura anterior para decidir, uma por uma, quais seriam migradas, juntadas ou se criaríamos algumas completamente do zero. Aqui também foi hora de aplicar a nova taxonomia (menus, categorias, tags).

Auditoria de conteúdo e plano de migração baseado na estrutura anterior (link)

O que aprendemos?

O principal — e talvez mais importante — aprendizado em todo o processo é ter clareza da nossa ambição de reformular todo um site junto com a experiência de ser piloto em uma mudança radical em basicamente dois meses. Tínhamos clareza de que seria um cronograma bem apertado e precisaríamos fazer escolhas difíceis, mas foi o que tornou a jornada bem mais divertida.

Ter uma pesquisa prévia e templates do GPI, construídos a partir de grupos de trabalho com diferentes países, foi fundamental para guiar nossas reflexões de como adaptar a arquitetura de informação para o contexto brasileiro do Greenpeace. Um cronograma bem detalhado, com priorizações de conteúdo a partir de pesquisas de experiência do usuário, foi fundamental para aliviar as durezas processo.

O que faria diferente, e obviamente foi consequência dos prazos restritos, foi o pouco tempo que tivemos para as equipes do Brasil e Internacional se encontrarem (mesmo que por Zoom) para trabalhar junto nas várias partes diferentes que compõem a construção de um novo site. Eu defendo muito o trabalho assíncrono, mas o espaço para chuva de ideias, além de trocas sinceras de problemas e preocupações, é fundamental — e o cara a cara deixa tudo mais fácil. Tivemos apenas uma reunião presencial no time do Brasil e foi o suficiente para avançar semanas no roadmap em apenas um dia (infelizmente não temos fotos desse momento especial 😔).

Agradecimentos

É sempre difícil apontar nomes porque foi um enorme time, direta ou indiretamente, que ajudou a tornar possível o desejo de ter um site completamente novo a tempo do nosso aniversário de 30 anos.

Quero especialmente mencionar o grupo de trabalho que liderei no Greenpeace Brasil e suou o bigodinho pra fazer tudo acontecer. Especificamente, em ordem alfabética: Lu Sudré, rainha da comunicação institucional estratégica, que maravilhosamente transformou nossas ideias em palavras, Rafael Silva, que apoiou todo o time, Renata Persicheto, líder de Digital, que cuidadosamente tomou conta de cada detalhe do processo, e Rickson Figueira, nosso desenvolvedor, que fez a mágica dos códigos para tornar possível toda a nossa maluquice.

Também quero agradecer o time do GPI, especialmente Suzi (que comprou esse desafio do GPBR ser piloto), Magali (com seus quadros maravilhosos e conversas atenciosas), e o time de desenvolvedores do P4 (por tornar a arquitetura de informação possível).

Espero que tenha curtido ouvir a nossa experiência. Comenta aí embaixo suas reflexões e sugestões, e fique à vontade para contatar o time do P4 em planet4-pm-group@greenpeace.org. \o/

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Jade Maré
Planet 4

Uma pessoa apaixonada por histórias. Lidero a área de Transformação Digital no Greenpeace Brasil.