Quem são os pré-candidatos a Prefeitura do Rio de Janeiro em 2020?

Datas foram alteradas por conta da pandemia do coronavírus, mas eleição municipal está confirmada

Clayton Mello
Plantão Interativo de Notícias
5 min readJun 30, 2020

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ATUALIZADO EM 1 DE JULHO, ÀS 20H45

Apesar da instabilidade causada pela pandemia, as eleições municipais estão garantidas em 2020, mas com novo calendário. Em Brasília, foi aprovada a PEC que adia a data das eleições neste ano para os dias 15 e 29 de novembro. O texto já havia sido aprovado pelo Senado no dia 23 de junho, sendo confirmado hoje (01) na Câmara dos Deputados.

Enquanto isso, o Rio de Janeiro começa a definir suas pré-candidaturas para a sucessão de Marcelo Crivella, que até o momento ainda não confirmou se será candidato a reeleição, embora anteriormente tenha demonstrado interesse. Em contato com a sua assessoria, o Plantão Interativo de Notícias obteve a seguinte resposta: “O Prefeito está focado na gestão municipal no atual momento de pandemia, em que todos os esforços são necessários para proteger a vida das pessoas.”

Até a publicação desta matéria, Benedita da Silva (PT), Eduardo Paes (DEM), Renata Souza (PSOL), Martha Rocha(PDT)/Eduardo Bandeira de Mello (Rede) e Clarissa Garotinho (PROS) divulgaram oficialmente suas pretensões de concorrer ao pleito no fim do ano. Outros nomes como Marcelo Calero (Cidadania), Paulo Marinho (PSDB), Rodrigo Amorim (PSL), Paulo Messina (MDB), Brizola Neto (PC do B), Gloria Heloiza (PSC), Jerominho (PMB), Hugo Leal (PSD) e Cristiane Brasil (PTB) também confirmaram interesse em disputar a eleição municipal.

Apesar dos inúmeros pré-candidatos, muitos deles ainda dependem de conversas e acordos para a viabilidade da candidatura, com a possibilidade de até se unirem com outros nomes da lista. O prazo para registro de candidatura oficial vai até o dia 26 de setembro, mas as convenções partidárias para definição de coligações e candidatos ocorre entre 31 de agosto e 16 de setembro. Neste ano, serão permitidas as reuniões por meio virtual.

QUEM SÃO ELES?

Gustavo Bezerra/Partido dos Trabalhadores
Gustavo Bezerra/Partido dos Trabahadores

Benedita da Silva, pré-candidata pelo Partido dos Trabalhadores, foi Governadora do Estado do Rio entre abril e dezembro de 2002, assumindo o cargo após a saída de Anthony Garotinho, que tentou naquele ano a candidatura a Presidência da República. Benedita também foi Senadora da República pelo Rio entre 1995 e 1998, além de Ministra da Secretaria Especial de Trabalho e Assistência Social entre janeiro de 2007 e março de 2010. Desde 2011, Benedita é Deputada Federal, eleita em três pleitos seguidos.

Custódio Coimbra/Agência O Globo

Eduardo Paes é velho conhecido do eleitorado carioca. Além de já ter sido Prefeito entre 2009 e 2016, foi também Deputado Federal, Vereador, Secretário de Turismo, Esporte e Lazer do Estado e sub-prefeito da Zona Oeste do Rio. Paes tentou por duas vezes ser Governador do Estado — 2006 e 2018, mas foi derrotado em ambos.

Reprodução

Em uma aliança de partidos entre Rede, PSB e PDT, Martha Rocha e Eduardo Bandeira de Mello formam uma das chapas candidatas, mas ainda sem definir quem estará a frente na disputa e quem será o vice. O nome será escolhido de acordo com o melhor desempenho nas pesquisas eleitorais. Martha Rocha é Deputada Estadual desde 2015, eleita em dois pleitos seguidos. Também é delegada da Polícia Civil. Eduardo Bandeira de Mello foi Presidente do Clube de Regatas do Flamengo entre 2013 e 2018, é filiado a Rede Sustentabilidade e tentou candidatura a Deputado Federal em 2018, mas não foi eleito.

ALERJ

Em sua primeira disputa para cargo majoritário, Renata Souza é filiada ao PSOL e Deputada Estadual desde 2019, além de Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ. Atuou como chefe de gabinete da Vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. Formada jornalista, Renata também é Doutora em Comunicação e Cultura e pós-doutora em Mídia e Cotidiano.

Reprodução

Clarissa Garotinho é Deputada Federal desde 2015, eleita em dois pleitos seguidos. Filha de Anthony e Rosinha Garotinho, ambos ex-governadores do Rio, Clarissa também foi Vereadora entre janeiro de 2009 e janeiro de 2011, quando deixou o cargo para assumir como Deputada Estadual. Durante quinze meses, atuou como Secretária Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação do Rio de Janeiro na gestão de Marcelo Crivella, entre janeiro de 2017 e abril de 2018.

Marcelo Calero
Atualmente é Deputado Federal, eleito em 2018. Foi Ministro da Cultura entre maio e novembro de 2016, além de Secretário Municipal de Cultura do Rio entre janeiro de 2015 e maio de 2016.

Paulo Marinho
Presidente Estadual do PSDB e primeiro suplente do Senador Flávio Bolsonaro (PSL).

Rodrigo Amorim
Deputado Estadual, eleito em 2018. Foi também candidato a vice-prefeito em 2016 na chapa de Flávio Bolsonaro.

Paulo Messina
Vereador em seu terceiro mandato. Atuou como Secretário da Casa Civil na gestão de Marcelo Crivella até 2018.

Brizola Neto
Foi Vereador entre 2005 e 2006, quando se elegeu Deputado Federal para o mandato de 2007 a 2011. Em 2012, foi nomeado Ministro do Trabalho e Emprego, onde ficou até março de 2013. Brizola Neto esteve na chapa de Anthony Garotinho como pré-candidato a vice-governador em 2018, mas a candidatura de Garotinho foi impugnada por decisão do TRE-RJ.

Glória Heloiza
Ex-juíza até março deste ano, quando se filiou ao PSC para ser pré-candidata a Prefeitura do Rio.

Jerominho
Vereador entre 2000 e 2008. Ficou preso por 10 anos acusado de formação de quadrilha. Jerominho foi considerado um dos chefes da “Liga da Justiça”, grupo de extermínio que atuava na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Hugo Leal
Outro velho conhecido da política carioca, Hugo Leal já foi Presidente do Detran, Secretário Estadual de Justiça e Direitos do Cidadão, Secretário Estadual de Administração e Reestruturação do Rio de Janeiro, Deputado Estadual e atualmente é Deputado Federal, cargo que ocupa desde 2007.

Cristiane Brasil
Vereadora no Rio entre 2005 e 2015, quando assumiu o cargo de Deputada Federal. Em 2018, foi nomeada Ministra do Trabalho, mas não chegou a tomar posse por conta de uma condenação trabalhista por não pagar um ex-funcionário. A justiça barrou a nomeação e após quase dois meses de embate, Cristiane desistiu do cargo.

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