2020 e o paradigma da Comunicação

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Podemos concordar que 2020 tem sido um ano muito desafiador em diversos aspectos. Ele instigou nossa capacidade de reinventar o modo como nos vestimos, cuidamos da saúde e entes queridos, saímos na rua, trabalhamos, mas, principalmente, como nos comunicamos, tanto interna quanto externamente.

Com certa frequência, ouvimos e falamos sobre o quanto a vida é corrida, que precisamos de descanso e tempo para nós mesmos, pausas em nossas rotinas, que nunca temos um período no qual possamos repousar em casa ou simplesmente não ter tarefas a realizar. Todas essas e outras afirmações semelhantes possivelmente serão, de alguma forma, repensadas após 2020. Isso porque:

  1. Descobrimos que há tempo, se organizado, e talvez a chave para tanto seja priorizar;
  2. Encontramos novos ritmos, outros horizontes de possibilidades, e constatamos o quão injustos somos com nós mesmos ao tentar encaixar na nossa vida uma vida que não cabe.

Nesse ano também tivemos que reinventar a nossa comunicação, estabelecer novos maneiras de estar presente, mesmo à distância. Pessoas que nunca interagiram através da internet, ou cuja frequência sempre foi mínima, se viram frente à necessidade de ingressar no mundo das chamadas de vídeo para poderem se conectar, fosse no ambiente de trabalho ou no convívio social com amigos e família.

Buscando entender qual o tamanho do impacto da pandemia nesses comunicares digitais, um estudo da Universidade de Zurich entrevistou 1.374 adultos americanos, de 4 a 8 de abril de 2020, duas semanas após as medidas de isolamento social serem tomadas nas cidades dos participantes, constando aumentos de utilização das tecnologias.

43% dos participantes começaram a responder mensagens de texto com maior frequência.

36% passaram a realizar mais ligações.

35 % estão utilizando mais as mídias sociais.

30% realizam um número maior de chamadas de vídeo.

Outra descoberta importante (e preocupante) está relacionada às pessoas com maior idade, ou ainda aquelas que apresentam menor afinidade com os mecanismos da internet, indicadas como as mais propensas a reduzirem sua comunicação digital durante a pandemia, o que poderia resultar em um aumento nos casos de depressão e problemas psicológicos devido à solidão.

O artigo, de maneira geral, realça ainda mais como nossa comunicação vem se adaptando durante o período em que vivemos. Mostra também como estamos enfrentando novas dificuldades para interagirmos e que, apesar de tudo, é essencial persistir, pois o ato de conectar ajuda a evitar a solidão e a depressão.

A comunicação torna a nossa existência mais completa. Todos buscamos pessoas e meios para interagir, procurando deixar nossa marca e posicionamento na sociedade. E se por um lado 2020 ficará na história como o ano que testou nossas capacidades comunicacionais e adaptativas, por outro reforçará o quanto elas são indispensáveis para nós como indivíduos.

E você, sentiu falta da comunicação cara a cara? Se adaptou bem à comunicação por meio digital? Começou a valorizar mais os momentos com as pessoas que você gosta? Conte para nós.

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Educação Baseada em Valores: Aprendizagem por Projetos Reais.