Educação Inclusiva
Compreendendo a necessidade de buscar por novos métodos, formatos e didáticas que contemplem o indivíduo, nesse caso o aluno, é necessário sermos receptivos e buscarmos novas metodologias educacionais que tenham um enfoque no futuro, pensando nas competências individuais e socioemocionais, olhar focado no processo de crescimento pessoal e coletivo.
O ensino inclusivo vem de encontro com o futuro, no qual o educador, que hoje reconhecemos como um mediador, se apropria de inovações tecnológicas, desenvolve métodos, tanto técnicos quanto provocativos, com o intuito de estimular o interesse do aluno pela aprendizagem. Há, portanto, uma valorização das potencialidades e dos interesses individuais que facilitam a assimilação do conhecimento.
Pensando em fixação do conhecimento, por exemplo, a neurociência nos diz que o aprendizado se torna satisfatório quando conseguimos guardar na memória de longa duração tudo o que estudamos, ou seja, o conteúdo deve ser útil ao longo da vida. Porém, no método de ensino atual dedicamos muito tempo decorando respostas ao invés de compreendermos o problema em sua totalidade, resolvendo-o de forma integrada e prática.
Cabe também pensarmos: a educação e os conhecimentos adquiridos devem ser referenciais e norteadores para nossa formação como cidadãos, mas também precisam fazer sentido.
Com a ideia da inclusão no ensino, os conteúdos são construídos conforme as características pessoais e individuais de cada aluno, fornecendo a ele vídeos, imagens, músicas e outros materiais atrativos que também fazem parte do seu meio. A tecnologia é uma boa aliada nesse sentido, pois possibilita atenção especial ao que já foi alcançado e às dificuldades em determinados assuntos, permitindo, assim, a reformulação de uma abordagem pedagógica mais flexível e individual.
O método inclusivo pode ser utilizado em diversas etapas da aprendizagem, muitas vezes favorecendo aqueles que ingressam em uma formação e/ou fomentando a potencialização e o interesse em alguma área no mercado de trabalho. Além de contribuir para identificação das necessidades do aluno, a metodologia proporciona acesso aos dados de progresso e às dificuldades do estudante a todos os envolvidos do processo educativo.
Citando um exemplo prático da proposta, temos a gamificação do ensino, que usa jogos tecnológicos para instigar o desenvolvimento da criatividade, autonomia, promoção de debates e resolução de problemas individual e colaborativamente. A ideia visa estruturar jogos e dinâmicas digitais que corroborem a evolução da criança e do jovem em amplos aspectos, sendo a tecnologia um elemento familiar para a atual geração.
Acreditamos que a educação é a base da transformação de uma sociedade, que cresce em expressiva velocidade e demanda adaptação da aprendizagem. As crianças e jovens buscam por dinamismo, querem ser desafiadas e despertadas criativamente. Para tanto é preciso mudar a forma como ensinamos, e a educação inclusiva vem exatamente ao encontro disto: priorizar os interesses reais dos estudantes e oportunizar trilhas diversas, pois seu olhar é deles e para eles.
