Soft Skills: as aliadas para o profissional do trabalho remoto
No momento em que estamos vivendo, cada vez mais fica evidente que apenas o diploma ou formação técnica não é mais o suficiente para alcançar e manter a posição desejada no mercado de trabalho. O desempenho profissional de alguém vai muito além de sua formação, ou seu conhecimento formal, acadêmico.
Após a publicação de nosso texto anterior sobre trabalho remoto, refletimos bastante sobre o assunto e uma questão foi levantada: se o trabalho realizado de forma remota ou presencial é o mesmo, demandando igual carga de conhecimentos teóricos, o que qualifica e diferencia um profissional em regime home office dos demais?
Para responder essa pergunta, é necessário recorrermos novamente às soft skills, habilidades comportamentais, competências subjetivas desenvolvidas durante a vida. Algumas delas requerem mais exercício, outras não, mas no fim são tão importantes quanto o conhecimento teórico é para alcançar as posições profissionais desejadas. Vamos conhecer algumas delas?
Proatividade
Se uma pessoa, por exemplo, deseja liderar suas organização ou equipe, mas nunca demonstra, tampouco possui traços que a caracterizam como líder, seus superiores nunca julgarão que há potencial para tal. A proatividade é percebida no dia a dia, como quando você assume a responsabilidade sobre projetos ou guia os colegas em momentos de estresse e pressão durante suas demandas. Ou seja, aja sem ter de ser chamado à ação.
Inteligência Emocional
Quando se trata de trabalhar remotamente, muitas coisas podem ser motivo de frustração. A falta de um lugar específico, o convívio com outras pessoas, a não delimitação do tempo de trabalho e o de repouso, todas essas questões que já são naturalmente estabelecidas em um modelo de trabalho presencial, mas precisam ser ativadas no home office. Ter essa competência, portanto, é muito útil, pois o trabalho remoto provoca diversas mudanças na rotina e o profissional precisa estar pronto para, ao mesmo tempo, gerenciá-las ao passo que administra suas demandas profissionais.
Gerenciamento do Tempo
Se o tempo não for corretamente gerenciado pode acabar não sendo devidamente aproveitado. Voltamos ao que falávamos sobre estabelecimento de limites e frustrações. Se você trabalha demais, não estipula um horário de início e término, períodos de pausa e folgas — ou não respeita o expediente da empresa e quer fazer em 24h a demanda de 48h — , quando pretende descansar? Certamente vai acabar se sobrecarregando, não realizando integralmente as tarefas ou cometendo muitos erros no processo.
Adaptabilidade
O ambiente de trabalho não é tão estável e a reinvenção tem que ser constante. Você vai precisar ser um camaleão. Não quer ver seu desempenho cair? Pesquise, atualize seu conhecimento. Questione a si e aos outros. Parar no tempo é deixar o mecanismo mais importante — seu cérebro — morrer.
Existem muitas outras soft skills, é claro. O importante, entretanto, é retomar à questão inicial e entender: elas são tão urgentes para o profissional que deseja mudar sua forma de atuação, demonstrado flexibilidade, interesse e domínio emocional, quanto para o empregador, que precisará avaliar a adaptabilidade dos seus colaboradores na hora de aderir ao trabalho remoto.
E se você quer saber se o trabalho remoto é uma alternativa para a pandemia ou o futuro do trabalho, acesse nosso texto anterior aqui.
