(7) Esporada: Maurício Guil

O Trio Macaxeira, do qual faz parte o compositor selecionado Maurício Guil, foi ao Estúdio Síncopa para a terceira gravação da categoria Música Instrumental Popular.

Equipe MAIA
MAIA
3 min readJan 18, 2019

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Trio Macaxeira: Maurício Guil (composição e violão 7 cordas), Eduardo Pereira (bandolim 10 cordas), Fernando Junqueira (bateria).

A composição

O frevo Esporada, de Maurício Reis Guil, a princípio foi uma composição para violão solo e após um espaço de tempo, enquanto ele estudava e testava novas melodias em um bandolim emprestado, desenvolveu uma segunda parte para o frevo.

“O frevo em si é uma referência direta a dois compositores: Marco Pereira, que tem alguns frevos para violão solo que sempre me cativaram muito; e Horácio Barros Reis, meu tio por parte de mãe que também é um grande violonista e compositor de música popular. A composição presta uma homenagem especial aos frevos do meu tio Horácio, violonista e compositor baiano que tem um grande repertório de frevos de sua autoria, os quais sempre tive muito contato, seja escutando em seus discos ou diretamente do seu violão”, contou Maurício.

O compositor

Natural de Campinas/SP, Maurício iniciou seus estudos musicais no piano quando tinha apenas seis anos de idade, sempre influenciado por sua família de músicos profissionais e amadores. Aos 19 anos ingressou no curso de música popular na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) sob a orientação do violonista Ulisses Rocha. Atualmente Maurício dedica-se ao estudo do repertório da música popular brasileira com enfoque no violão de sete cordas e também no choro. Ele conta que tem se apresentado regularmente na cena musical de Campinas e região e participado de aulas particulares e masterclasses com Ângela Müner, Eduardo Lobo, Turíbio Santos, Gian Corrêa, entre outros grandes nomes do violão brasileiro.

“Tenho uma grande admiração por um grande número de compositores e intérpretes da cultura popular brasileira, mas também tenho um grande apreço por outros gêneros musicais de outros países, principalmente pela música de concerto européia e música popular da Argentina e Estados Unidos. Citando alguns nomes que acabam surgindo com mais frequência: Baden Powell, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, Radamés Gnatalli, Hermeto Pascoal, Dominguinhos, Tom Jobim, Astor Piazzolla, John Coltrane, Ralph Towner, Thelonious Monk, Debussy, Chopin…” conta Maurício ao ser perguntado sobre suas principais referências musicais.

Sobre seu lado compositor, Maurício Guil diz que sempre teve curiosidade de criar a partir do que conseguia executar em seu violão, mas sua experiência em compor foi sendo modificada conforme suas referências musicais iam se consolidando. Com o maior contato com a linguagem do Choro, ele conta que suas composições têm surgido de maneira mais ampla, agora não tendo mais o violão sempre em primeiro plano.

O MAIA

Maurício acredita que ter a sua música gravada para compor um álbum junto com outros músicos e compositores do Instituto de Artes da Unicamp é algo muito importante para o seu portfólio. Ele ainda conta que o Trio Macaxeira, que gravou a sua música para o projeto MAIA, já vem ensaiando e apresentando seus arranjos e composições há algum tempo, mas é a primeira vez que os registram em um estúdio.

Assista ao teaser da gravação da composição aqui:

FICHA TÉCNICA DA GRAVAÇÃO:

Trio Macaxeira
Violão | Maurício Guil
Bandolim de 10 cordas| Eduardo Pereira
Bateria | Fernando Junqueira

Captação e edição de áudio | José Bichoff (Estúdio Síncopa)
Filmagem | Hícaro Faria e Christian Portuguez
Edição de vídeo | Emanuel Souza

Redação e edição de texto | Silas Araújo e Júlia Toledo

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