POEMA

Julgamento

Dermeval da Silva Jr
Poesia e Prosa

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Photo by Greg Rakozy on Unsplash.

Um grande raio brilha e rasga o céu.
E chove tanto, não parece inverno.
Na corte, já se observa o afã externo.
E todos querem cinzas ao léu.

Mas certa culpa paira sobre o véu.
As moças vestem longo, moços, terno.
Mas brota clima tipo horror eterno.
E todos ouvem só a voz do réu.

Cruel sentença, muitos batem palmas.
E olham o réu sofrer ali azedinho.
Por fim, alguém sequestra pobres almas.

Culpadas ora pelo mal caminho.
Alguém condena as moças calmas.
Agora, o réu caminha tão sozinho.

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