Despropósitos

Diego Orge
Poeta Adverso
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1 min readSep 18, 2017

Abro meu peito
para morrer um resto de amor
guardado com algum decoro,
orgulho de filho crescido
em que se diz Fui eu quem fez!

Mas, se fiz, foi sem imaginar que podia.
Era proibida esta minha felicidade.

Ah, a felicidade!
Não só cometeu o despropósito de nascer,
mas adquiriu para si
este raro privilégio
de morrer em vão.

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Diego Orge
Poeta Adverso

Criador de mundos infinitesimais. Poeta. Existencialista. Ateísmo em prosa poética. d.orgefranco@gmail.com