Faz-de-conta

Diego Orge
Poeta Adverso
Published in
1 min readSep 20, 2017

Mãos nos bolsos
como se guardasse segredos
passos leves
como se andasse descalço
cabelos ao vento
como se não importasse
a dor que carrega no peito

Olha no espelho
como se não passasse de um esboço
anda sozinho
como se não precisasse de abraço
sorri para a noite
como se nunca chorasse
por mágoa ou desespero.
Vivia como se fosse verdade.

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Diego Orge
Poeta Adverso

Criador de mundos infinitesimais. Poeta. Existencialista. Ateísmo em prosa poética. d.orgefranco@gmail.com