O inimigo

Diego Orge
Poeta Adverso
Published in
1 min readFeb 19, 2019

Um calor me consome
e um ruido me abafa os ouvidos
os olhos turvam em plena luz do dia

Bate insistentemente,
mesmo sem vida,
o coração de poeta.

Trêmulas as mãos
correm ao papel
e nada escrevem.

O mundo é turvo
e as palavras doem.
A existência é torpe
e o tempo não passa.

Ainda assim envelheço.
Envelheço e não morro,
morro, mas não deixo de sentir
o calor que me abafa
o ruído que me consome
e a dor que me turva.

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Diego Orge
Poeta Adverso

Criador de mundos infinitesimais. Poeta. Existencialista. Ateísmo em prosa poética. d.orgefranco@gmail.com