O inimigo
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1 min readFeb 19, 2019
Um calor me consome
e um ruido me abafa os ouvidos
os olhos turvam em plena luz do dia
Bate insistentemente,
mesmo sem vida,
o coração de poeta.
Trêmulas as mãos
correm ao papel
e nada escrevem.
O mundo é turvo
e as palavras doem.
A existência é torpe
e o tempo não passa.
Ainda assim envelheço.
Envelheço e não morro,
morro, mas não deixo de sentir
o calor que me abafa
o ruído que me consome
e a dor que me turva.
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