Uma marca no peito
O mundo é pequeno onde deito.
não há lugar sequer aqui dentro,
para caber em qualquer momento.
Não quero ter ninguém em meu peito.
Para onde vão as memórias guardadas,
o calabouço de tempos perdidos.
Onde estão todos os seus sorrisos,
todas as nossas vidas frustradas.
E no fim de tarde, o que fica?
Algo impregnado no oco dos dias,
cartas de amor nalguma gaveta.
Palavras ditas, podres, pudicas,
promessas, para sempre utopias.
no peito já são marcas obsoletas.
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