Investimentos na Expointer 2018 tem resultados positivos
Alta de 13% nas vendas em comparação a edição passada é reflexo das melhorias e expansões realizadas no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio no Rio Grande do Sul
Por Guilherme Telmo, Leonardo Moura e Victória Marisquerena
Quem já está habituado a ir a Expointer e circulava pelos corredores do pavilhão da agricultura familiar, nesta edição da feira, pôde notar uma significativa mudança de tamanho em relação aos anos anteriores. O pavilhão foi um dos locais do evento que teve a sua estrutura expandida, passando de 3500m² para 7000m², o que resultou no aumento de expositores e da praça de alimentação, que agora está apta a receber até 400 pessoas. Os globos foram revitalizados e o estacionamento interno foi pavimentado. Estas foram algumas das melhorias realizadas no parque para a Expointer deste ano que entregaram um resultado positivo aos produtores.
“Essa ampliação é de suma importância para os agricultores familiares, pois é uma maneira que encontramos de potencializar as vendas e dar maior suporte para eles em um evento que é um grande balcão de negócios”, afirma José Alexandre Rodrigues, diretor do despertamento de agricultura familiar e agroindústria da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), sobre a expansão do pavilhão da Agricultura Familiar, que este ano recebeu 280 expositores de 106 municípios do estado, 80 a mais que no ano anterior.
As mudanças cativavam e davam esperanças para os expositores, que sonhavam com mais vendas agora que o parque esta mais receptivo aos visitantes.
“A expectativa é fazer um bom número de vendas, agregar mais mercado, divulgar nossa marca, fazer com que nossa marca chegue a mais cidades e a Porto Alegre, aproveitando o aumento do local. O pavilhão ficou bem melhor, muito mais estrutura, mais espaço, inclusive, podendo ter mais circulação de pessoas, o que já nos mostra um bom número de vendas até agora’’, afirmou Douglas Dalla Vecchia, 45 anos, de Aratiba, no norte do Estado, na primeira semana da feira. O produtor já expõe há 3 anos seus produtos na ExpoInter.
Conforme dados da SDR, 70% dos alimentos consumidos pela população gaúcha diariamente tem origem na produção familiar, em pequenas e médias propriedades. Alimentos essenciais no nosso dia-a-dia como feijão, leite ou até mesmo o famoso “pretinho”, o café, tem mais de 40% de sua produção oriundas da agricultura familiar. A mandioca chega a dobrar esse número, tendo 83% de sua produção vinda da agronegócio familiar.
O investimento no parque
Segundo o delegado Federal da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (Sead), Marcio Madalena, as mudanças na estrutura do pavilhão foram feitas através de investimento oriundo do Ministério da Agricultura, e o beneficio no valor de 3 milhões de reais já estaria disponível a partir de 2011. Porém devido aos atrasos envolvendo licitações e encargos burocráticos, só foi possível executar a obra neste ano.
O rendimento destes 7 anos em que a obra não foi executada chegou ao valor de 1 milhão de reais, dinheiro que ainda não foi usado, mas que segundo o delegado devera ser destinado a estrutura interna do local, como construção de banheiros ou reforma das cozinhas.
As outras mudanças feitas no parque foram possibilitadas através de parcerias público-privadas com entidades como a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e Associação Brasileira de Cavalos Crioulos que disponibilizaram recursos para reconstruir as estruturas em troca de um espaço maior de exposição dentro do evento.
Expectativa dos produtores
A 41ª Expointer, terminou com um volume de vendas superior ao ano passado. O total de negócios foi de 2 bilhões e 300 milhões de reais, alta de 13% em comparação com 2017. Foram 370.581 visitantes ao longo da feira.
No Pavilhão da Agricultura Familiar a venda de produtos chegou a R$ 4 milhões, alta de 40,3% em comparação com o ano anterior, o que superou as expectativas dos expositores e organizadores.
O diretor do SDR, José Alexandre Rodrigues, estimava que as vendas chegariam a 3 milhões e 200 mil reais, baseando-se somente no aumento de expositores. A expectativa do organizador é que as mudanças feitas na estrutura do parque facilitariam o trânsito de visitantes dentro do pavilhão, possibilitando uma melhor experiência e consequentemente o aumento das vendas.
“Achei bem legal a logística, os estandes são bem dimensionados, os corredores muito bons e largos para circulação das pessoas. Obtendo um bom resultado nas vendas, esse recurso será revertido na própria cooperativa e na base de seus associados’’ afirmou Francisco Wagner Santos, expositor de Minas Gerais que participou pela primeira vez da feira.