Patrícia Comunello: “A economia é uma das áreas que primeiro inseriu a necessidade do jornalista não ser um mero generalista”

Em entrevista, a subeditora do site do Jornal do Comércio fala sobre a cobertura jornalística de economia do Rio Grande do Sul, como avalia o impacto desse segmento para a sociedade e o cenário do jornalismo

Robson Hermes
Política e Economia
13 min readDec 3, 2018

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Por Robson Hermes

Patrícia Comunello nasceu na cidade de Capinzal (SC), em 1971. Mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1993, se formou em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria, na região central do Estado. Passou por veículos como o extinto A Razão, Zero Hora, clicRBS SC, Correio do Povo e, atualmente é a subeditora do site do Jornal do Comércio. Em 2017, foi eleita a jornalista do ano pelo Prêmio Press. No mesmo ano, esteve entre os dez jornalistas homenageados pela Associação Riograndense de Imprensa com a medalha Alberto André, dada aos profissionais que mais contribuíram com a profissão ao longo da carreira. Essa última honraria recebeu por ser peça fundamental na transição do impresso para o digital do principal jornal de economia do Rio Grande do Sul. Nessa entrevista, Patrícia Comunello fala sobre como vê o jornalismo econômico, como esse afeta a sociedade e como vê o momento atual do jornalismo.

Qual a responsabilidade de ser a subeditora do site do principal jornal de economia do Estado?

Eu não penso muito sobre isso, mas se fosse repórter, eu teria a mesma responsabilidade. Sendo editora ou repórter, o trabalho exige muita dedicação e cuidado, principalmente por ser de economia. E realmente a gente aborda muito mais assuntos nessa área, mesmo quando falamos sobre política, entramos na área econômica. Quando falamos de saúde, a gente traz a economia. Tentamos buscar os números para dar uma dimensão das coisas. Acho que não muda minha responsabilidade se repórter ou sendo editora. Eu não sou diferente porque estou numa posição A ou B. O que interessa é a gente conseguir gerar informações realmente relevantes, com muito cuidado, principalmente porque quando trabalhamos com economia e com números, isso exige atenção redobrada. Quer dizer entender mais, conhecer mais, procurar realmente tirar das fontes informações que possam explicar todos esses detalhes que vão afetar a vida das pessoas. O legal da história é que a gente tem a chance de levar assuntos que realmente fazem diferença para as pessoas. Não são assuntos que passam batido. Na economia, não tem como dizer que as pessoas não vão se afetar de alguma maneira.

Uma vez um professor disse em aula que “quem escreve sobre economia, escreveria sobre qualquer coisa”. Você concorda? Acha que o jornalismo econômico é o mais complexo?

Talvez o que ele tenha tentado dizer é que você mobiliza um conhecimento mais especializado. Ou você domina ou não domina — não tem um meio termo. Apesar de que, hoje, todas as áreas estão exigindo muito da gente. Para falar, por exemplo, de política, você tem que entender de Direito cada vez mais. Nessa eleição, tínhamos que entender legislação e código eleitoral. E quanto mais você começa a mexer nos assuntos, mais vê que tem muita coisa que não sabe. Se for falar sobre saúde, tem que entender o sistema de saúde, o papel de cada um. Educação então nem se fala, ainda mais que estamos no olho do furacão com isso. O que é educação, quais os modelos e como funciona o sistema. A gente ouve tanta bobagem. Muito jornalista querendo abordar os assuntos de uma maneira rasteira. Não é fácil ser jornalista hoje.

A economia é uma das áreas que primeiro inseriu a necessidade do jornalista não ser um mero generalista.

Mas eu acho que tem complexidade na área de pesquisa, na área policial, tem que saber a diferença entre reclusão, detenção, como é o sistema judiciário, quando pode soltar ou não pode. Sobre a Lava Jato, que tanto se fala e se critica: quanto, afinal, significam aquelas medidas? O que acredito ser mais complexo é que as coisas estão mais ligadas, mais conectadas. Então, a economia não é só economia. A política não é só política. Exige uma bagagem e, muitas vezes, o jornalista não tem tempo.

O leitor de economia é um leitor diferenciado?

Existem várias áreas da economia. Nós temos esse viés econômico, mas se for comparar com o jornalismo econômico que o Valor Econômico faz, é um nível bem diferente. Não que não pudéssemos fazer, mas eles são voltados para isso. Com uma equipe diversificada que está olhando várias coisas. Isso exige mais e, claro, você está atendendo a públicos que estão buscando diferentes tipos de informação. Então, é muito do perfil de negócio. Aí a economia fica mais complexa mesmo. Eu cheguei a fazer um MBA em Finanças com uma programação voltada para jornalistas. Olha, foi difícil. É muito conhecimento. Quem lida diariamente com a informação tem que aprender isso. Se houver um erro, as pessoas vão perceber.

A cobertura de economia exige mais do jornalista?

Exige, mas por outro lado você se dedica de alguma maneira. Você permite que se aprofunde. Fazendo matéria, você treina muitas coisas. Todo dia faz matéria de câmbio, matéria da Bolsa, aliás, faz matéria dentro da Bolsa. Imagina a interação que tem com operadores, corretoras, com analistas é outra cultura. Os economistas se aprofundam isso e dominam isso e a gente desse lado lida, conhece para fazer matérias ou não aceitar qualquer informação que vem. É um jornalismo bem mais detalhado, setorizado. No Brasil, são poucos lugares que se dedicam a isso.

O jornalista que escreve para esse leitor tem que ser diferenciado?

Você não consegue escrever sem entender, porque não é uma coisa que você pode apenas jogar a informação. Tem algumas coisas que acontecem no dia a dia, que têm explicação porque ali está claro o tipo de movimentação. Muitas vezes, a gente pega essas notas e não entende nada. Para você ver como os caras ficam tão fechados, que só entende quem está acostumado a operar com economia. É uma nota que para nós não serve. Mas esse jornalista tem que conhecer muito mais; e conhece. Eles se aprofundam em energia, em telecomunicações, minérios, tipo de contrato, títulos. O mais importante é gostar. Para fazer e encarar essas coisas tem que gostar. Acho que quem não gosta não fica. Talvez fique um pouco porque precisa de trabalho, mas não aguenta.

Qual o impacto do jornalismo econômico para a sociedade?

É muito grande. Fala de coisas que estão tão presentes no dia a dia das pessoas, como inflação, salário e emprego. A hora que algo está desregulado mexe com a vida de todo mundo. É um jornalismo de serviço o tempo todo, ao mesmo tempo que também é factual. Nas decisões de tipo econômica, o mundo enxerga a gente. O jornalismo de economia talvez seja o que mais tem relevância para receber o título de utilidade pública.

As pessoas teriam que prestar mais atenção no jornalismo econômico?

Na verdade, a gente teria que levar ainda mais informações, com mais variedade. Propondo a fazer um jornalismo, que é o que talvez seja — pelo aspecto da comunicação — trazer em primeiro plano qual é o papel do jornalismo como aspecto social, como uma área da comunicação social. Porque é onde tu pode realmente ajudar as pessoas a entender coisas que às vezes não conseguem dominar, alertar para coisas importantes, orientar, por exemplo, para onde vai o teu dinheiro ou a questão do emprego. Talvez seja o jornalismo que mais seja imprescindível. As outras áreas tem noticiários mais efêmeros. A economia é uma coisa que está no dia a dia das pessoas. O cara acorda e come economia, porque ele toma café e tem que comprar aquilo. Ainda mais quando a gente vive em um país com tantas dificuldades de renda, educação. Que bom se esse leitor pudesse acessar mais conteúdos. Ele precisa muito de informação que ajude ele. Acho que a gente poderia entregar muito mais. Não somente para o cara do mercado da moeda, que se não consumiu a minha informação, vai buscar em relatórios de corretora. Ele não necessariamente vai precisar de um informação mais simples do tipo ‘se você não entende, eu te explico’. A área de economia a gente poderia fazer muito melhor.

Como tu avalia a cobertura de economia do Rio Grande do Sul?

Temos alguns veículos que dedicam algum espaço, tipo o Jornal do Comércio, mas eu acho que podia ter mais. Tenho a impressão de que já foi mais forte. Hoje ela se misturou muito com economia do setor público, finanças públicas e outras áreas. Talvez hoje não haja mais estrutura para fazer. Tem pautas bem importantes que estão ficando de lado. Pauta sobre emprego, pautas sobre coisas do dia a dia, sobre inflação.

Reflexo do enxugamento das redações?

Talvez seja uma aposta. Os veículos estão com pouca gente e estão fazendo outros conteúdos. Isso é meio cíclico. As mesmas pessoas que estão acompanhando política estão fazendo economia e acabam fazendo finanças públicas, mas muito pelo viés dos governos. Não contam a história do servidores que estão sem dinheiro para pagar suas contas e quais os outros reflexos. Acho que se houvesse mais espaço, as pessoas consumiriam mais. Todo mundo só pensa em audiência, em como gerar cliques. A área da economia, em algumas áreas — dentro dessa grande área — , poderia gerar muitos cliques, mas isso exige uma informação bem trabalhada. Tem que entender, ter pautas legais. Como ao falar sobre previdência, falar disso no dia a dia, não somente na Reforma da Previdência. Fica um assunto que as pessoas não entendem. Ninguém se preocupa em traduzir isso. Até para as pessoas perceberem e se darem conta de que podem perder as coisas, ou não.

Como o jornalismo econômico impacta nos outros assuntos de interesse da sociedade? Como a questão ambiental, por exemplo.

Em tudo. Ainda mais hoje, que cresce essa onda de economistas que se dedicam estudar o impacto de fatores ligados com aquecimento global e uso dos recursos naturais. O PIB é calculado hoje estritamente em cima de transações, o valor final que os produtos geram, valor dinheiro. E se fala que deveria existir um PIB que consiga dar conta disso. Podemos ver que a economia percebe que, se ficar só calculando valor monetário das coisas, não vai captar o que significa esses produtos ou como são originados e o que eles exigem para se transforme em mercadoria. Tirar coisas da natureza tem uma limitação. Você pode explorar minérios, mas olha o impacto que tem. Chega uma hora que tem que começar a não produzir tanto. Cada vez mais as coisas estão interligadas. E isso não é uma coisa nova. Mas hoje vemos que isso, sim, está na conta. Na questão ambiental, vemos as empresas considerando não investir em países que não respeitam condições mínimas. Recentemente, teve essa do Bolsonaro ao falar de querer juntar os ministérios do Meio Ambiente com o da Agricultura. Isso gerou uma repercussão negativa em grandes grupos econômicos que levam em conta o fator ambiental. Isso mostra como a economia depende desses setores e vice e versa. Os números estão em tudo quanto é lugar. É um jeito de as pessoas começarem a entender o tamanho que as coisas têm. Na área ambiental, é fundamental. Ela é cobrada e serve, inclusive, de referência para dizer o impacto a ser medido. Quando falamos de milhões de dólares, o quanto isso vai gerar de prejuízo, isso influencia decisões. Sempre foi assim. A diferença é que antes se esgotava e partia para outra área. Agora não tem mais outro (mundo).

Em 2017, você ganhou a medalha Alberto André,que homenageou dez jornalistas por sua contribuições com a profissão. Sem modéstia, por que tu acredita que ganhou?

Pode ser pela minha experiência, já ter feito várias coisas, ter uma idadezinha. Talvez pela minha trajetória de fazer faculdade no interior e vir para cá. Fiquei super honrada. Veio de pessoas que tem um certo nível de exigência e que eu tenho muito respeito.

Quais características que vês em ti, que tu consideras fundamentais para um bom jornalista?

Acho que a curiosidade é a primeira coisa. Ser inquieta. São coisas que são marcas de pessoas que optam por fazer esse curso. Ouvir histórias e tentar trazer de um jeito diferente. Sempre com o pensamento ‘tem que esclarecer, tem que ter informação’. Como que vamos contar essa história e por onde ela começa. São etapas. O processo de elaboração de um conteúdo que no final vai ser postado, talvez com vídeo ou vai ter a suíte no outro dia. Cada um tem seu jeito de fazer isso. Outra coisa importante é estar aberto a coisas que não estão previstas. Saber que você sai com uma pauta, mas ela pode mudar. Tem que estar atento, se não você não percebe. A nossa profissão é feita de oportunidades. As oportunidades se apresentam e você aproveita ou não aproveita. Agora é mais difícil a gente sair e ir a eventos, porque são nesses eventos que a gente pega a circulação de pessoas. Tipo, não é governador, são os secretários que estão ao redor. Cansei de chegar em lugares e a informação virar outra.

O que te anima no jornalismo?

Acho que é essa coisa da curiosidade. Quando está muito quieto, não está legal. Tem que ter um terremoto, um ciclone. Óbvio que a gente trabalha quando está tudo calmo, mas eu sempre consigo coordenar o mundo caindo ao meu redor e eu trabalhando. Assim eu funciono, eu ouço rádio, vejo televisão. Tem gente que não consegue. Isso explica, porque para mim, tem que ter essa movimentação, esse agito. Tem que estar na rua, ver coisas. Então é isso, esse nosso mundo. Acho que isso é bem coisa de redação. Existem outros ambientes da nossa área, tipo redes sociais, que são mais low (lentos). Mas eu gosto dessa movimentação.

O que te desanima?

Não ter tempo para fazer as coisas. Claro, junto com as condições de trabalho, o ambiente. Porque isso afeta a gente. Ter talvez um lugar que seja mais interessante, mais colorido, mais organizado, ter as pessoas envolvidas. Ter mais claro o que você precisa buscar. Tem tantas coisas mudando ao redor, que a gente fica meio passivo. E essas coisas tristes do nosso país: a política e quanto isso também nos afeta, porque você desacredita em uma série de instituições e a imprensa é uma instituição, com todos os seus lados.

Já pensou em seguir outra profissão?

Eu já pensei sobre isso várias vezes. Já pensei em fazer agronomia. Seria uma profissão legal também. Talvez eu fosse para uma área de economia. De qualquer maneira, acabaria atuando em áreas que têm essa pegada. E levaria para essas áreas o mesmo estilo de trabalho. E também se tivesse que fazer outra (graduação), eu faria. Acho que seria em áreas que acabam lidando com vidas, com gente, com coisas que impactam na vida das pessoas. Agronomia tem a ver com comida, com coisas tão importantes, com ambiente. Economia também, porque são ciências aplicadas.

Sou estudante de jornalismo. E a minha turma se assustou muito quando soube que teria que produzir conteúdo sobre economia. Você passou por esse susto quando entrou na faculdade?

Quando entrei na faculdade, lembro de ter uma cadeira de Introdução à Economia Brasileira, que era lecionada por um professor de Ciências Econômicas da UFSM. mas eu sempre gostei dessa coisas de ter número, ter informação. Quando eu terminei a minha faculdade, entrei em Economia. Aí tu mergulha mais, desde a matemática básica até economia social, contas, história da economia que é importante, os pensadores. Você começa a entender muito mais como a coisa funciona. Quando comecei a fazer algumas matérias na época da Zero, ainda lá em Santa Maria, para mim era uma coisa que eu sempre gostei muito. E eu já tinha mais familiaridade, nesse ponto a minha experiência é diferente, porque eu realmente gostava. Mas eu nunca tinha imaginado. Quando eu vim para cá, eu comecei a trabalhar na economia sem muita experiência, mas comecei a fazer. Eu sempre gostei e quando a gente gosta do negócio, a coisa vai acontecendo. Claro, entendo que quando tu estuda e faz uma faculdade é diferente a sua relação.

Tem algum recado para os meus colegas de curso da próxima turma? Eu passei por isso.

Quando a gente não conhece um negócio, qual é a primeira coisa que a gente tem que fazer? Vai tentar entender o negócio. Lembro que a gente falava muito mais com economistas. É uma coisa que sempre falo. Quando fizer uma matéria sobre cesta básica, vai falar com um economista para entender isso e pergunta para ele o que é inflação. E você começa a escrever sobre isso e começa a se ambientar com aqueles conceitos, aquelas situações e se torna algo mais normal. Eu me assustaria mais em ter que fazer matéria de polícia e até de cultura. Para entender um autor, precisa ter lido. Precisa entender a história do teatro. Eu não entendo nada disso. Não li nada disso. Eu acho que é tão difícil quanto. Imagina escrever sobre música, ter que entender os clássicos. Se tiver que fazer uma matéria de cultura, eu fujo. Tudo bem fazer uma matéria sobre um festival, mas fazer uma nova escola das artes plásticas. São áreas que tem que implicitamente julgar, avaliar, porque é algo que as pessoas esperam. Tem que entender o processo de criação, eu acho mais difícil do que cobrir economia. Tem que ter uma bagagem e é uma área que é muito mais criteriosa. Você expõe o lado subjetivo das pessoas.

Economia é 2+2=4 e ninguém vai dizer que não é.

Não existe isso. É muito mais preciso. O jornalismo necessita dessa precisão. E dá para fazer uma matéria mais social sobre desemprego, dá para humanizar pra caramba, mas os dados tem que estar ali. Encare os dados mais como um pano de fundo.

MEMORIAL

A gente nunca percebe o quão importantes as pessoas que estão à nossa volta são. É uma das lições que tiro dessa atividade. Quando recebemos a tarefa de entrevistar alguma personalidade importante da economia ou da política, confesso que me senti inseguro a respeito da relevância da pessoa que iria entrevistar. Meu professor Roberto Villar Belmonte me redirecionou da primeira intenção que tinha. E, agora, ao final da entrevista e da disciplina, eu percebo o porquê de me sugerir a Patrícia Comunello para falar sobre o assunto.

Eu tenho a sorte de trabalhar com essa profissional que atua há mais de 25 anos no jornalismo. E, por mais premiações e reconhecimentos recebidos, ela não os leva como um escudo para travar as batalhas da lida diária do jornalismo. Até mesmo, durante a entrevista, foge do assunto. Diz não saber o porquê das honrarias. E, mesmo eu sendo um estudante, se preocupou em me receber como um já colega de profissão.

Ela é subeditora do site do Jornal do Comércio e assessora de imprensa do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul. Ela não para nunca. Imagine o valor de seu tempo e a dificuldade de fazer essa profissional parar. Foram duas semanas de desencontros de horários para a realização dessa entrevista.

Para a produção, pesquisei mais sobre a “Comu” — como o pessoal do trabalho chama ela — e descobri uma vanguardista em uma série de coisas. Ela esteve a frente da transição do impresso para o digital no Jornal do Comércio, já trabalhou no clicRBS de Santa Catarina, se especializou no jornalismo econômico e hoje trabalha para que o JC acompanhe tendências do mundo digital como redes sociais e conteúdos em formatos pensados para elas. Saio dessa entrevista com um novo gás para a jornada e com mais vontade aprender. Afinal, se Patrícia Comunello é um ser em constante aprendizado. Vou me apegar cada vez mais na frase dela que diz:

“quanto mais você começa a mexer nos assuntos, mais vê que tem muita coisa que não sabe”.

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