A política na universidade sob o olhar dos seus funcionários
Conversamos com funcionários de diversos setores da Universidade Potiguar que estão no dia a dia da instituição, em contato direto com tudo que lá acontece, para saber a opinião deles com relação a política academicamente, ou fora do seio da universidade.
Angélica Siqueira, 29 anos. É assistente administrativo, formada em Recursos Humanos e trabalha há 4 anos na UnP.
Como você analisa o cenário nacional da política?
Como as pessoas dizem normalmente, não é muito bom falar em política, pois sempre acaba em discussão. Mas sinceramente o nome pra mim é consequência. Consequência de atos impensados. Ou bem pensados. Na verdade, foi tudo bem planejado por isso chegamos onde estamos.
Você vê o pessoal falando sobre política na universidade?
Alunos não. O que me surpreende na verdade, se eles abordam muito é internamente. Os professores sim, estão sempre falando sobre política
Com relação a política da empresa, a Universidade tem cumprido em relação com os direitos dos funcionários?
Sim. Principalmente quando a rede Laureate entrou mais a fundo com a UnP. Eles abordam bem a questão de ética profissional, a política e cultura da empresa é bem visível.
Na sua opinião as fake news podem interferir no resultado de uma campanha eleitoral?
Acho que sim. Tem muita gente que se ilude muito, seja pela gestão atual, ou pela gestão passada da política. Se você não for a fundo, você não encontra a verdade mesmo, seja ela qual for.
Solano Júnior, 31 anos. É formado em administração e trabalha na UnP há 3 meses.
Qual a sua visão política do nosso País?
A minha visão é a visão de um cidadão comum, que quer ter segurança pública, saúde, educação… quer ter o básico, poder empreender quem sabe, eu quero o básico. Para mim as eleições presidenciais que estão chegando agora, são uma aposta, procurar aqueles que achamos que vão nos oferecer o básico.
As “fake news”, em sua opinião, interferem na política?
Para mim, é algo de momento, recebemos as notícias e nos espantamos, mas, logo em seguida é descoberto que são fake news, não é algo tão nocivo.
Com relação a posicionamento político, direita ou esquerda, que é um tema muito abordado atualmente, você tem um “lado”?
Me considero mais de direita, devido ao discurso do pessoal, no entanto, acho que são rótulos que não deveriam existir. Não concordo com ideologia, se não temos o básico.
Micarla Arruda, 29 anos, ensino médio completo, trabalha na UnP há 2 anos e 10 meses. Osvaldo Jorge, 45 anos, ensino fundamental completo e trabalha na UnP há 4 anos. Ambos são ASG e contratados de uma empresa terceirizada que presta serviços à Universidade Potiguar.
Vocês estão de acordo com o vem acontecendo no cenário político nacional?
Osvaldo: Não sou de acordo, um bando de ladrão. São eleitos, mas o roubo é demais, a gente vota porque tem que votar mesmo.
Micarla: Eu voto porque se votar nulo ou branco, vai para eles, então eu voto em um número qualquer lá no dia.
Por vocês trabalharem pelos corredores, escutam os alunos ou professores conversando sobre política?
Osvaldo: Com certeza.
Micarla: Eu vejo reclamarem, desse presidente Temer e só.
As “fake news” ajudam ou atrapalham alguém a se eleger?
Micarla: Ajuda, porque as vezes eles falam coisas falsas que são verdadeiras, como que teve agora da parada dos caminhoneiros, é tudo culpa dele, do Presidente.
Francisco Norberto, 63 anos, ensino médio completo e Técnico do laboratório e estúdio de fotografia da UnP há 15 anos.
Estamos abordando política na universidade, mas a política no geral também, qual a sua opinião sobre a política atualmente no Brasil?
Um cenário decepcionante, eu irei votar porque sou cidadão, não vou mudar o cenário com o meu voto, mas vou continuar votando só que hoje é difícil você encontrar um político digno, sempre existiram esses políticos fanfarrões, mas hoje em dia temos uma consciência maior. Hoje temos televisão e a internet, podemos ver os dois lados, e filtrar.
Fotografia: Adaça Oliveira
Edição: Gabriela Costa
Reportagem: Ricardo Oliveira
Outros membros do mesmo grupo: Anderson Schildt, Francisco Canindé da Silva, Hudson Nunes, Vinícius Roseno
