O ponto de vista de acadêmicos e professores no interesse e na escolha política em época de eleições

Cadu Silva
Política na Universidade
3 min readJun 23, 2018

Com o objetivo de descobrir o comportamento do cenário político no âmbito universitário, procuramos entrevistar alunos e professores para saber as opiniões de interpretação e compreensão sobre o contexto eleitoral. O entendimento e a visão crítica sobre os elementos que constituem a política determinam o nível de interesse na escolha política do cidadão brasileiro.

Ivan Fercós, 25 anos, estudante de Jornalismo

Como que você vê o interesse do eleitor, do cidadão brasileiro, em relação às eleições? Você acha que ele se interessa pela política, no ato de votar?
Ivan: No geral, o eleitor brasileiro se interessa parcialmente. Atualmente, a nossa realidade acaba deixando o eleitor desacreditado, até devido às repercussões que vemos nos noticiários e mesmo no nosso cotidiano, acaba por tirar a credibilidade de nomes políticos, enfim, até dos movimentos. O que se percebe do eleitor é a falta de senso crítico, votam sem antes pesquisar o histórico; se o indivíduo têm condições de assumir determinado cargo ou não e, ainda, terminam por aceitar um jogo familiar de interesses por conveniência ou chegam a “vender” os votos em troca de favores financeiros ou não.

Jeferson Maia, 23 anos, estudante de Publicidade

O que você considera na escolha de um candidato no momento da eleição?
Jeferson: Primeiro, que ele seja um candidato Ficha Limpa. Contamos com esse recurso e é muito válido para saber se ele passou por algum problema, estudar e apurar mais informações sobre ele. É o primeiro passo para decidir em quem votar, porque infelizmente no nosso país é algo necessário a se fazer e, em seguida, ver as propostas, porque o voto, no fim das contas, por mais que você queira o bem ao país, têm aspectos que se tornam pessoais: o lado partidário ao qual se alinha mais, se ele tende a pensar mais no povo ou em interesses adversos. Então, são pequenos detalhes que ao estudar o candidato, as propostas, vão se ajustando para a escolha. Enfim, votar num candidato não parece ser tão complicado quanto aparenta ser. Brasileiro é que vota “robotizado” e é manipulado pela massa, pela mídia e acaba votando nesse governo oligárquico que a gente participa.

Rosane Albuquerque, 50 anos, professora de Arquitetura da UnP

Ao optar por um candidato, quais as características observadas dentre as análises de perfil?
Rosane: O que se espera de um candidato é o trabalho com seriedade, que tenha honestidade, cumpra seus objetivos com a comunidade, ou seja, com todos os brasileiros para que se possa desenvolver esse país de uma maneira mais equilibrada e que a distribuição de renda e de funções seja benéfica para que haja oportunidades igualitárias a todos.

Reportagem: Vinícius Roseno
Fotografia: Hudson Nunes
Edição: Anderson Schildt

Outros membros do mesmo grupo: Adaça Oliveira, Gabriela Costa, Ricardo Oliveira, Francisco Canindé da Silva

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