O propósito e a influência política do DCE na Universidade

Para começarmos, nos conte um pouco sobre seus dados, nome, idade e sua formação acadêmica?
Me chamo Anderson Lopes, tenho 33 anos e sou aluno do curso de gestão pública com uma graduação em marketing e sou secretário da juventude do Partido Solidariedade no RN e fundador da Sigla.

Qual a sua relação com a política, em sua opinião ela exerce influência na sua vida?
Eu já venho no meio político desde a minha juventude, nas escolas que frequentei participava dos grêmios, candidaturas a líder de classe e depois entrei para o DCE com a intenção de ser a mudança aqui na UnP. Eu trabalho com política, sou assessor parlamentar na Assembleia Legislativa. Em 1986 meu pai foi candidato a vereador aqui em Natal, e acredito que a política está na minha veia, mesmo sendo uma classe muito desacreditada eu acredito que nós como cidadãos de bem precisamos nos envolver e participar.

Como membro do DCE, nos conte um pouco mais sobre as funções que vocês exercem na faculdade?
Importante a sua pergunta, pois muitas pessoas pensam que o DCE tem o poder para resolver tudo que o aluno precisa dentro de uma universidade e não é bem assim. O DCE é um mediador entre o aluno e a reitoria, a parte acadêmica da universidade. O diretório tem suas limitações, temos um ponto até onde podemos ir e quem dá a palavra final é a universidade. Por exemplo, uma das maiores reivindicações dos alunos hoje é a extinção da disciplina online e muitos pensam que o DCE tem essa autonomia. No entanto, não temos, pois é uma determinação do MEC.

Acredita que o papel político do DCE tem influência direta na vida dos estudantes? Cite alguns exemplos
Estamos presentes em palestras que organizamos, cursos oferecidos, temos um trabalho muito bonito chamado “DCE Sobre Rodas”, do qual sou o coordenador, e consiste em levar o aluno para perto das comunidades carentes. Passamos um dia lá, levando alimentação e vários tipos de atendimento. Além disso, o DCE tem a função de trazer para dentro da faculdade alguns embates, como por exemplo, nossa campanha contra o aumento das mensalidades e contra a demissão dos mestres sem consultar os alunos. Somos a bandeira dos alunos, um grito de socorro que os alunos têm.

O DCE sente ou sentiu dificuldade em atrair os estudantes para debater política na universidade?
Quando falamos de política, isso afasta as pessoas. Infelizmente a população não entendeu ainda qual é a função dela dentro da política, seja ela estudantil ou partidária. É através da política que conseguimos resolver muitos problemas da sociedade. Conosco não é diferente, se os alunos não passarem a demanda para o DCE, vamos achar que está tudo bem dentro da faculdade. É um pedido que eu faço aos alunos para que procurem um membro da DCE. Tivemos um exemplo na unidade Nascimento de Castro, onde uma aluna nos abordou para relatar que muitos alunos estão perdendo seus estágios, e é aí que entramos para investigar a situação e procurar soluções.

Reportagem: Anderson Schildt e Canindé Pereira
Edição: Gabriela Costa

Outros membros do mesmo grupo: Adaça Oliveira, Ricardo Oliveira, Hudson Nunes, Vinícius Roseno