Como um ano na Inglaterra me mostrou que estudar fora não é tão fácil como eu imaginava

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Das facilidades de ter todos os livros a disposição às infinitas horas de estudo em casa, Annelise Oliveira conta como foi sua jornada estudando na em Brighton, Inglaterra

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A menos de 100 km de Londres, Brighton é um dos principais centros culturais e educacionais da Inglaterra. Renomada academicamente, a cidade possui duas universidades, a University of Brighton (sobre a qual trazemos boas notícias) e a University of Sussex, além de diversas escolas de língua inglesa, carregando a fama de referência estudantil internacional. Também por isso, sedia as grandes conferências políticas do país. Além disso é uma das praias queridinhas dos ingleses.

A Annelise morou por um ano em Brighton estudando na University of Sussex e mandou um depoimento de como foi a sua vida estudantil por lá:

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“Bem, pra começar meu nome é Annelise de Jesus Oliveira e sou estudante de Ciências Biológicas na UFPR. Entrei em 2010, o que já faz de mim uma quase formanda! Vim morar em Brighton, condado de East Sussex na Inglaterra, em setembro de 2014 através do programa Ciência Sem Fronteiras do governo Federal. Vim parar nessa cidadezinha por conta da minha primeira opção de universidade, a University of Sussex, que escolhi devido ao fato de apresentar altos índices de qualidade acadêmica em biologia molecular, minha paixão na biologia. Além disso, a universidade na qual estudei esse ano também investe muito em pesquisa, o que me permitiu trabalhar diretamente com pesquisa nos últimos três meses.

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Esse um ano que passei na Inglaterra me mostrou que estudar fora não é tão fácil como eu imaginava. Começando pelo sistema de ensino daqui: você está matriculado em um curso, (digamos, Biologia, como eu estava) mas é permitido cursar matérias de qualquer outra área das ciências da vida. Isso amplia seus horizontes mas, ao mesmo tempo, coloca você em um problema: quais matérias são de fato úteis para a sua graduação?

Como eu cursei 4 anos e meio de biologia no Brasil, eu já tinha uma noção do que eu queria aprender, mas no inicio da faculdade eu ficaria perdida com as opções que me deram.

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Além disso, as matérias do “ciclo básico” (em tradução livre para core) são ministradas para mais de um curso, situação que no Brasil raramente acontece. Várias das matérias que eu cursei tinham de três a cinco cursos de graduação diferentes na mesma turma, aumentando as possíveis discussões e dúvidas que podem surgir. E os cursos são também mais específicos: existe biologia, mas ao mesmo tempo existe biologia molecular (para aqueles biólogos que, como eu, não compreendem ecologia) e bioquímica, desmembramentos da grande área Biologia.

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No quesito estudar em casa as coisas mudam profundamente de figura: em nenhum momento é dito o quanto de empenho é necessário para passar nas matérias, mas é implícito que para cada 1 hora de aula, 4 horas de “self study” são necessárias. É muito fácil cair na ilusão de que tudo é mais fácil por aqui, afinal eu “só” cursei 4 matérias de 15h em cada semestre (comparando com as 10 de semestres anteriores no Brasil, cada uma com pelo menos 30h de carga horária). Mas as listas de leitura são quase infinitas e cada pedaço da aula vem de um livro diferente. É quase desesperador começar a estudar, parece que as horas passam em minutos e sua leitura não rende.

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Mas voltando ao lado bom de estudar aqui e aproveitando o gancho das leituras, a biblioteca tem disponíveis as versões mais novas dos livros, sempre em uma quantidade razoável. Nunca precisei me colocar em lista de espera por um livro. E pela rede da universidade os papers estão quase todos com livre acesso, o que facilita para juntar as informações necessárias para um trabalho — ou mesmo quando o livro não da conta de tirar todas suas duvidas. A monitoria também existe, mas não apenas para quem esta cursando a matéria. Se, por exemplo, você estiver com uma duvida em estatística e não estiver cursando essa matéria, ainda assim é possível marcar hora com um monitor dessa disciplina para sanar suas duvidas.

Finalmente, o sistema de ensino é muito diferente, graduar-se aqui depende muito mais das suas escolhas pessoais do que de seguir um roteiro pré-determinado que às vezes desanima ao longo de 4 anos de curso. Por ultimo acho interessante deixar gravado que um biólogo se forma em 3 anos aqui, ao contrário dos 5 anos no Brasil. Sim os sistemas são diferentes e se formar muito novo nem sempre é sinônimo de ser mais feliz, mas três anos é um tempo razoável para você se formar e ainda ter tempo mudar o rumo da sua carreira caso o seu curso de escolha não seja aquela maravilha que imaginava (só de pensar que eu poderia ter me formado a três anos atras me dá até uma tristezinha…).”

Annelise Oliveira, estudante de biologia da UFPR.

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Gostou da história da Annelise? Se você também quer ter a experiência de estuda fora e morar em UK, uma ótima dica é o UK Day, organizado pela gradeUP.

Lá estarão presentes os representantes de uma série de universidades britânicas a procura de estudantes interessados em seus programas de graduação e pós graduação. Se você gostou da ideia de estudar em Brighton, representantes da University of Brighton estarão presentes na feira. Não perca!

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Confira a lista de universidades que vão participar da University UK Day no dia 01 de Outubro em Curitiba!

• Queen Mary University London
• City University London
• University of Westminster
• Cambridge Education Group
• Glasgow Caledonian University
• Study Group
• University of Brighton
• Into University Partnerships
• London South Bank University
• University of East Anglia
• University of Portsmouth
• Aberyswyth University
• Loughborough University

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[mp_button text=”Inscreva-se gratuitamente aqui!” link=”http://gradeup.com.br/landing-universityukday/" target=”false” full_width=”false” align=”center” icon=”none” icon_position=”left” mp_style_classes=”motopress-btn-color-silver motopress-btn-size-middle motopress-btn-rounded motopress-btn-icon-indent-small”]

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Data: 01/10/2015 (quinta-feira)

Horário:16h às 21h (coleta de credencial a partir das 15:30h)

Local: Radisson Hotel Curitiba (Praça do Japão)

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