A ficção-científica no audiovisual brasileiro

Curta-metragem é o formato favorito dos produtores nacionais para o gênero

Marco Rigobelli
Ponto Ômega
Published in
2 min readJan 14, 2017

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O Museu da Imagem e do Som (MIS)estendeu as inscrições para seu Núcleo Experimental de Cinema, projeto de incentivo à produção audiovisual que teve início no ano passado e para 2017 terá ficção-científica como tema.

O Núcleo é uma espécie de curso prático de cinema. A ideia é que pessoas de diferentes especialidades se juntem para produzir um curta de um gênero específico (ficção-científica, nesse caso) enquanto assistem oficinas, palestras e se consultam com nomes consagrados do meio cinematográfico.

Embora o cinema brasileiro não tenha uma tradição muito forte na ficção especulativa, temos diversas iniciativas independentes e curta metragens que mostram o potencial dos nossos cineastas em contas histórias de ficção-científica. A chegada da Netflix, leis de incentivo e o interesse de emissoras como a HBO na nossa produção audiovisual deu novo fôlego às produções de ficção-científica e fantasia no país. A ótima recepção que 3% teve do público estrangeiro é um dos sinais de que o Brasil ainda tem muita história pra contar nesses gêneros.

Mesmo sem incentivo, o Brasil produziu curtas ótimos de ficção-científica com os primeiros datando ainda da época do cinema mudo. Histórias sobre os mais variados temas: fanfilms, hard science fiction, cyberpunk, óperas espaciais, distopias e tudo o que puder imaginar.

Recife Frio

Escrito e dirigido por Kleber Mendonça Filho de Aquarius, o curta de 2009 conta sobre um estranho resfriamento que assola a capital pernambucana após a queda de um meteorito. Ele pode ser assistido completo aqui:

Aliens: LV-426

Marcio Napoli escreveu, dirigiu e foi o responsável pelos efeitos visuais desse curta que é levemente baseado na história de Aliens para mostrar o retorno de Newt, dez anos após os eventos do longa, à lua LV-426.

Céus de Fuligem

Outro filme de Marcio Napoli. Esse média-metragem fez algum sucesso quando foi lançado em 2005. Na história, um artefato de origem desconhecida cai na cidade de São Paulo, o que muda o panorama do país que aprende com a tecnologia alienígena. Mas ninguém sabe o que ela traz consigo.

O homem da cabeça de papelão

Dirigido e escrito por Carlos Canela, o filme se passa em um tempo indefinido, numa sociedade nem tão diferente da nossa. Nela, um homem muda de cabeça para descobrir que apenas a verdade não é o bastante para libertá-lo.

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