Confiança no Futuro

popcom
popcom
Published in
3 min readMar 3, 2017

por Francisco Tavares

inicialmente publicado na Folha CDS

O exercício da política nas democracias consiste, fundamentalmente, na atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos, tanto por terem sido legitimados pelo voto, como pelo desempenho que, voluntária e desinteressadamente, muitos empregam à causa pública. Seria assim expectável que os atores políticos merecessem, do público em geral, de elevada estima e apreço; que os méritos dessa atuação se concretizassem num garante de confiança das comunidades. Numa sociedade ideal, o político compreenderia e faria tudo o que estivesse ao seu alcance para colocar em prática as expectativas correspondentes aos votos nele depositados; esses esforços, por sua vez, seriam reconhecidos pelos eleitores, que encontravam nos seus representantes a extensão das suas próprias motivações.

Esta panorâmica, infelizmente, diverge daquilo que o cidadão encontra na sociedade atual. Um pouco por todo o mundo, são cada vez mais os sinais de descrédito e indiferença para com a atual classe política. O inesperado furacão Trump resulta, principalmente, da revolta do povo perante o establishment instituído, contra uma classe política medíocre que usa e abusa dos poderes adquiridos, num flagrante desvio dos princípios e ideais que os devem orientar e pelos quais foram eleitos para honrar. Vem este tema a propósito da medíocre atuação do Ministro Mário Centeno, que num país com uma cultura cívica diferente da nossa já não estaria em funções. Infelizmente, certas etiquetas éticas e morais de “transparência” que a extrema-esquerda (PS incluído) muitas vezes gosta de evocar foram, neste particular, atropeladas, destroçadas e deixadas em cacos. Sem surpreender ninguém, PCP e BE, foram coniventes com o bloqueio ao apuramento da verdade e uma vez mais demonstraram aquilo que não deve — nem pode — ser a política.

Não há, contudo, mal que sempre dure. É com essa certeza, alicerçada nos milhares de quilómetros percorridos por este País enquanto Secretário-Geral da Juventude Popular, que sei que há cada vez mais jovens participativos, resilientes e esperançados num futuro melhor, sustentado por valores de solidariedade e altruísmo, numa sociedade em que o mérito, a competência e a honradez se sobreponham às cunhas, ao lambe-botismo e à desonestidade. As experiências que o desempenho deste cargo me proporciona permitiram-me estabelecer contacto com milhares de jovens, de Bragança ao Algarve, de Portalegre a Ponte de Lima, da Terceira ao Funchal; um pouco por todo o país, não tenho dúvidas que a Juventude Popular cresce a olhos vistos, quantitativa e, acima de tudo, qualitativamente. Perdoar-me-ão a imodéstia de considerar que a Juventude Popular vive hoje um dos seus melhores momentos. Com uma liderança forte e reconhecida, a falar a uma só voz, virada para fora e focada em resolver os problemas dos portugueses. Esta nova geração que agora começa a dar os primeiros passos na vida pública tem vontade de se fazer ouvir, de crescer e fazer crescer aqueles com que se rodeia: tem vontade de fazer mais e melhor. E esta mudança é ainda mais surpreendente no interior do País, onde os jovens, almejando trabalhar e criar família nas suas terras, não mais deixarão que esses sonhos lhes sejam retirados.

Acredito, com a maior das convicções, que a nossa Juventude é a melhor do país; a que maior preparação tem para enfrentar os desafios com que Portugal se depara e, consequentemente, tornar o nosso país diferente, pela melhor, daquele que é hoje.

Tenho a esperança que este enorme capital humano possa vir a ser aproveitado pelo CDS, não só no seu desafio constante de implementação e crescimento em cada concelho do país, como também na necessária renovação que só o dinamismo da irreverência jovem aplicado no debate de ideias permite consolidar; assim, faço votos que o partido saiba dar uma oportunidade aos quadros da Juventude Popular nos vários desafios eleitorais que se avizinham, a começar desde já nas próximas Autárquicas.

A irreverência apaixonada desta juventude não pode ser desperdiçada, ainda para mais neste momento da história, em que o descrédito geral na política é contrariado pela forte adesão que a Juventude Popular tem vindo a experienciar. Não há dúvidas: cada vez há mais jovens a pensar como nós. Saibamos aproveitar a juventude e o futuro está garantido!

--

--

popcom
popcom
Editor for

informação e formação | magazine do Gabinete de Estudos Gonçalo Begonha | www.gegb.org