As 25 músicas favoritas do Popklore em 2018

Última lista traz as canções que ficaram em looping nos nossos ouvidos durante o ano

Vinicius Mendes
p o p k l o r e
5 min readDec 26, 2018

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Que tal uma playlist para o fim de ano? Nossa terceira lista traz as músicas que mais curtimos ouvir em 2018 ou as que mais nos surpreenderam por suas propostas! Independente de seu desempenho comercial, escolhemos músicas nas quais apostamos que provavelmente continuarão soando bem daqui há alguns anos, sobrevivendo à provação do tempo que é tão comum no pop.

Abaixo, você confere uma resenha de cada uma das faixas escolhidas por mim e pelo André e te convidamos para ler isso ouvindo a playlist que está aqui do lado esquerdo da postagem. Let’s go for a ride?

Pabllo Vittar — Buzina

Vinicius — Pop eletrônico, hip-hop e ritmos paraenses fazem de Buzina daquelas músicas definitivas. É igual pizza ou chocolate, ou você gosta, ou provavelmente não é humano.

Kyary Pamyu Pamyu — Kimi no Mikata

Vinicius — A gente até sente aquele impulso de descartar Kyary como uma artista vive a base de clipe estranho, até se pegar cantando um de seus refrões grudentos em japonês errado. Mistura deliciosamente bizarra de J-Pop, New Jack Swing, Hip-Hop e eletrônico farofa.

Kylie Minogue — Dancing

Vinicius — Quando Kylie anunciou que lançaria um álbum country, a comunidade gay se revoltou com a força de 10 Bolsonaros eleitos. Mas quem parou para ouvir o resultado em músicas como Dancing certamente comprou botas de cowboy.

Sunmi — Heroine

Vinicius — Música que alterna sutileza e teatralidade, Heroine mostra a força de Sunmi como interprete e compositora ao testar nosso fôlego em seu pré-refrão grudento que convida para cantar aos berros e mexer a raba ao mesmo tempo.

ÀTTØØXXÁ — Caixa Postal (Tum Tum)

André — Pagode baiano, funk, eletrônica, R&B, pop. Que bagunça deliciosa. Salvador continua nos trazendo coisas muito interessantes.

Robyn — Honey

André — Que a balada com Robyn pode ser um ambiente melancólico não é novidade. Mas aqui, ela consegue tornar uma música com clara conotação sexual em uma experiência agridoce, ou seja, gostosura e sofrência em um canto só.

DUDA BEAT — Bixinho

André — A fusão de brega, 8-bit e metais se traduz em um delicioso hino ao “pega-e-não-se-apega” pra ouvir em um fim de tarde abafado.

Jinkx Monsoon — Cartoons and Vodka

Vinicius — Cansada demais da agenda de shows para ir para a balada se divertir, drag queen é vista se alcoilizando enquanto assistia a desenhos e misturava jazz dos anos 20 com rock alternativo.

Ludmilla — Jogando sujo

Vinicius — Ludmilla nos entrega sua faixa mais sexy até o momento nessa deliciosa mistura de funk carioca com pop e hip-hop.

Mahmundi — Felicidade

André — Os sintetizadores oitentistas ganham um sabor brasileiro nas mãos de Mahmundi em Felicidade. A música, que parece muito com o que Hikaru Utada fez em seu álbum HEART STATION, traz uma mensagem positiva envolta por uma instrumentação sintética que não deixa de soar orgânica.

Anitta — Veneno

André — A produção irrepreensível e a sensualidade perigosa que a personagem Anitta consegue dar conta com os pés nas costas transbordam pelos fones de ouvido na faixa mais sofisticada feita pela cantora no reggaeton.

Silva — A Cor É Rosa

André — Só eu sinto Caetano Veloso vibes pesadíssimas aqui? Outros cantores (cof cof) tentaram fazer isso nos últimos tempos, mas para mim é Silva quem conseguiu traduzir esse espírito de música baiana com coloração pop de maneira competente.

Ivete Sangalo part. Melim— Um Sinal

Vinicius — “Ah, que linda essa música que o Melim fez pra Ivete!”. Aí você descobre que essa deliciosa balada de verão com batidas eletrônicas e backing vocals de luxo é composta pela própria Veveta com seus colaboradores usuais. Não valorizamos essa mulher o suficiente como musicista.

Mylène Farmer part. LP— N’oublie Pas

Vinicius — Os fãs zuaram que era um dueto com uma ovelha. Se o resultado for no nível desta balada eletrônica que consegue ser ao mesmo tempo dançante e emotiva, tomara que Mylène colabore com o resto da fazenda também.

Vickeblanka — Winter Beat

Vinicius — Nesta balada alegre de inverno com toques de rock dos anos 70, Vickeblanka nos leva ao céu do J-Pop. Se Deus for otaku, é esse tipo de coisa que toca no paraíso.

Janelle Monáe — Make Me Feel

André — Uma das minhas faixas dançantes favoritas do ano, ela traz batidas feitas pelo próprio Prince com groove irresistível.

Rosalía — MALAMENTE

André — As batidas do R&B que são moda no mainstream fluem com espantosa maciez em meio às palmas e violões do flamenco, em uma faixa deliciosamente badass.

m-flo — No Question

André — O retorno da cantora Lisa ao trio resultou em uma canção interessante, que soa nostálgica, especialmente por sua voz, mas ao mesmo tempo conectada com a estética musical de 2018, aliado aos versos ágeis do rapper VERBAL.

Karol Conka — Cabeça de Nego

André — O tributo a Sabotage pega seu samba-rap e acrescenta outros temperos à receita, com elementos de reggae e dancehall, em uma atualização interessante e irresistível de um clássico do rap paulistano.

Childish Gambino — This Is America

André — O clipe foi (com razão) extremamente comentado, mas a música também é um dos highlights desse lançamento de Childish Gambino. Os elementos de música africana, entrecortados diversas vezes pelo hip-hop com tom de urgência e perigo carregam consigo uma porrada de sensações ao ouvinte. Uma experiência tão intrigante quanto o clipe.

Ayumi Hamasaki — W

Vinicius — Ayu lançou muitos rocks eletrônicos ao longo da carreira, mas é a primeira vez que uma de suas músicas soa tão… sexy. Pra colocar um poste no quarto e fazer performance de pole-dancing escondido antes de sair de casa.

Ariana Grande — no tears left to cry

Vinicius — A crescente de energia e o refrão grudento tornam no tears left to cry um hino essencial de sobrevivência aos maus momentos de 2018. Sorry Bossa Nova, mas a tristeza tem fim sim, e ela acaba em dança.

Nego do Borel — Me Solta

Vinicius — Vamos ignorar as polêmicas do clipe. O que temos? Uma celebração à liberdade em batidas agressivas e sofisticadas de funk carioca. ME SOLTA PORRA!

Mark Ronson part. Miley Cyrus — Nothing Breaks Like a Heart

André — A parceria com Mark Ronson trouxe Miley Cyrus de volta aos holofotes em grande estilo. A música é praticamente um apanhado bem dosado de tudo o que a ex-Hannah Montana já trabalhou, do country ao dance, em uma faixa envolvente e de certa forma sombria.

E o nosso favorito de 2018:

Hikaru Utada — Chikai

André — A canção já parece estranha por conta do compasso 3/4, pouco usual para a música pop e mais próximo do jazz ou da valsa. Ouvir Chikai pela primeira vez causa muito estranheza. Com o tempo, essa balada sobre fazer juras eternas à pessoa amada conquista pelas sutilezas e pelo belo crescente, fazendo jus ao encerramento da saga de videogames Kingdom Hearts.

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