Por que tenho medo?

Talvez o sentimento mais latente em nosso ser.

Ter medo é normal, afinal alguns especialistas dizem que o medo é exatamente o que fez a humanidade evoluir, você ter medo de pular de um penhasco é exatamente o que te impede de morrer e te faz continuar, mas por outro lado, há outros medos que nasceram por alguma situação traumática que você pode ou não lembrar, até por que ter na memória não significa que seu corpo e seus sentidos, não tenham guardado no seu íntimo.

Quando o medo nasce

O medo nasce entre os quatro e seis anos, idade que a criança começa a perceber o tempo à sua volta, sim, eles não tem nenhuma noção temporal até essa época e é normalmente nessa transição que começam os “Estamos chegando?” a cada 5 minutos, justamente por que ela quer entender o tempo, é também quando a fantasia se mistura pela primeira vez com a realidade, aparece o medo do escuro, o medo de morrer, medo do “Espera aqui que já volto”, etc.

Aos seis anos a criança entra no ápice da noção de tempo, sente medo de perder os seus cuidadores, e é exatamente ai que ela precisa saber que os outros também tem medos, alguns pais não deixam isso acontecer para que seus filhos os vejam como heróis e isso é um erro, porque fragiliza a criança dando espaço para que um medo, possivelmente, se torne um trauma.

Um caso, uma solução

Um amigo meu tem um medo profundo de água, ele não consegue fechar os olhos para mergulhar e nem mesmo debaixo do chuveiro, justamente por que, quando era um bebê, um amigo da família deixou ele cair na água e levar um caldo. Não estava presente na situação, talvez tenha durado 5 segundos, ou mesmo 2, mas o fato é que isso gerou um trauma, um medo pelo afogamento tão grande que ele acabou por se fechar.

A solução é exatamente buscar na memória o que te impede de avançar, qual o fato que me fez ter medo de altura, de faca, de peixe, água ou qualquer coisa? O simples fato de descobrir isso já apresenta melhoras, já que você transmite para o seu cérebro o que foi que realmente aconteceu e ele gradativamente, com treino e esforço, vai perceber que aquela cadeira não é tão alta.