Descubra sua missão de vida (em vida!)

Tiago De Faveri Giusti
Portabilis
Published in
6 min readMar 6, 2018
Imagem: Visual Hunt.

Dizem que os dois momentos mais importantes na vida de um homem são: o dia em que ele nasce, e o dia em que ele descobre porque nasceu.

Você já fez sua descoberta? Descobriu porque está aqui e qual é a sua missão no mundo?

Se você veio em busca de respostas prontas, lamento desapontá-lo, mas estou no mesmo barco que você, fazendo minhas descobertas.

Entretanto, durante minha jornada insaciável por respostas até aqui, descobri e validei algumas boas hipóteses a respeito de meu desígnio.

Parte dessa descoberta está relacionada a impactar a vida das pessoas a minha volta e ajudá-las a fazerem melhores escolhas em suas vidas, a serem melhores a cada dia e acreditarem que elas conseguem realizar qualquer coisa que desejarem!

Se você está lendo este texto, você é uma dessas pessoas das quais quero impactar.

Vamos tentar? Continue em frente, minha missão aqui é te ajudar a descobrir o seu propósito. E vamos logo, antes que o nosso tempo acabe!

Descoberta através do autoconhecimento

Propósito é um assunto recorrente nos bate-papos na empresa, no café e na mesa de bar. Não deve ser diferente com você. E quando alguém me pergunta se tenho um método para fazer essa descoberta, sempre respondo a mesma coisa:

Não existe método ou fórmula, porque, afinal, você é único e por isso a escolha será muito íntima, pessoal e subjetiva.

Robert Wong, famoso headhunter brasileiro e autor do livro “O sucesso está no equilíbrio”, acredita que todos nós temos um dom (do inglês, gift, que significa presente), mas que, infelizmente, a maioria de nós não sabe que recebeu.

Pelé, por exemplo, recebeu o dom de jogar futebol e Pavarotti o de cantar.

O autor diz ainda que essa descoberta pode acontecer num estalo, no decorrer de uma viagem, por meio da meditação ou até mesmo após um grande trauma, crise ou momento de euforia.

Uma maneira de descobrir o seu dom pode ser por eliminação, dentre uma série de coisas que você faz.

Por exemplo, o que você faz muito melhor que outras pessoas, que você se sente realizado e desafiado ao fazer e normalmente as pessoas te procuram ou pagam para você fazer?

Na imagem abaixo está ilustrada a descoberta do DOM, na interseção com todas as coisas que que você GOSTA, FAZ BEM e É PAGO para fazer.

Imagem: Endeavor.

Descoberta por referência a alguém que você admira

Quais pessoas no seu círculo social você admira e segue? O que estas pessoas fizeram para chegar lá? É possível trilhar um caminho similar e alcançar os mesmos resultados ou melhores?

Se você conhece alguém que é uma referência e inspiração para você, conhecer a jornada que a tornou referência pode ser um bom começo para começar a definir sua missão.

Por exemplo, alguém pode achar a história de Barack Obama, 44.º presidente norte americano, inspiradora e de grande referência para o mundo.

Foto: Presidente Barack Obama discursando em frente a ponte Edmund Pettus Bridge no Alabama.

Então, é possível estudá-lo, compreendê-lo e segui-lo para iniciar uma jornada similar.

Descoberta por tentativa e erro

Se as opções acima não servirem, você pode optar pelo método de tentativa e erro, ou seja, escolhendo caminhos e aprendendo com eles, mesmo que você não tenha certeza.

Duas histórias vão te ajudar a entender melhor: uma ficção e uma mitologia nórdica.

Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland) é uma obra inglesa com mais de 150 anos, mas que ainda nos ensina muito.

O episódio do diálogo entre o Gato e a Alice na floresta é bem conhecido e de forma análoga a nossa vida, diz respeito aos diversos caminhos que nos é apresentado e a falta de clareza da direção que queremos ir. Confira o resumo:

Imagem: Chapoleteira

Você também já se sentiu um pouco Alice? Perdido e sem saber para onde ir?

  • Acadêmicos que começaram a graduação e interromperam pela metade. Ou então descobriram que foi uma péssima escolha, mas mesmo assim desperdiçaram suas vidas até o final com algo inócuo para suas carreiras.
  • Profissionais talentosos insatisfeitos com seus trabalhos, mas sem coragem de se demitir ou desenvolver um plano para uma nova colocação.
  • Pessoas persistindo em relacionamentos tóxicos mesmo que isso lhe custe a vida inteira de sofrimento emocional e psicológico!

A lista é interminável.

Além de Alice, na linha do “tanto faz tanto fez, desde que chegue a algum lugar” você também já foi um pouco Zeca Pagodinho, seguindo no modo “deixa a vida me levar, vida leva eu”?

Pense bem! Se você não assumir o controle e protagonismo da sua vida, pode ter certeza, alguém o fará por você. Se não for alguém, será o acaso, o que é ainda pior.

Ao contrário de Alice, os guerreiros Vikings sabiam exatamente para onde queriam ir.

À bordo da drakkar (lendária embarcação viking) e utilizando um instrumento de navegação conhecido como bússola solar (ou Pedra do Sol), esses guerreiros sanguinários invadiram e conquistaram grandes áreas da Europa e das ilhas do Atlântico Norte.

Tais feitos também tornaram os Vikings protagonistas em navegação marítima na época. Incrível, né?

Fonte: Google/Internet. Reprodução: Tiago Giusti.

Quem te define melhor, os Vikings ou a Alice?

Alice, que tanto faz, tanto fez, desde que chegue em algum lugar, ou Vikings, que tinham clareza do seu destino de navegação e fizeram história com suas conquistas?

Seja mais Vikings e menos Alice! Defina um destino, escolha um caminho, use um instrumento de navegação e comece sua jornada.

Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável.” Sêneca (pensador romano).

Se o caminho escolhido não te levar ao seu destino, comece tudo de novo. Por tentativa e erro, aprendendo com cada passo errado. Mas, apenas não se esqueça de lembrar:

A melhor parte de uma viagem é o caminho, não o destino.

Se estas opções não te serviram, vamos falar do seu funeral

Imagem: Mormonsud.net

Reflita agora e tente imaginar, no futuro, a cerimônia do seu funeral. Quais seriam as pessoas que estariam presentes nesse dia?

Imagino que você pensou nos seus familiares, amigos e todas aquelas pessoas que te acompanharam e te admiraram em vida.

Se uma dessas pessoas fosse convidada a falar, o que você gostaria que ela dissesse sobre você?

O que você está fazendo com a sua vida atualmente, tem a ver com o que você gostaria que as pessoas dissessem sobre você no dia do seu funeral?

Eu sei. É duro ter que aceitar que um dia não estaremos mais aqui. Porém, acredito, que mais duro ainda é chegar ao final e se dar conta que sua passagem aqui foi em vão. Que você foi apenas mais um.

Uma pesquisa destacou os 10 maiores arrependimentos de quem está no leito da morte. O primeiro destacado por quem está prestes a morrer é:

Não ter tido a coragem de ter ido atrás dos seus sonhos, e de ter feito o que os outros esperavam em vez do que realmente queria fazer.

Imagino que a sensação de não ter orgulho da sua própria história deve ser mais dolorosa que a própria sensação da morte em si.

Refletir sobre sobre o meu funeral, foi a maneira que encontrei de pensar à respeito do legado que quero deixar.

Você se projeta no futuro, no seu fim derradeiro e olha pra trás, fazendo com que venha à tona somente aquilo que mais importa pra você, que te emociona, que te dá significado e propósito.

Mas, se você não curte a ideia de refletir sobre seu funeral, pense à respeito da sua velhice. Quais são as histórias que você terá orgulho de lembrar e contar para seus filhos, netos e bisnetos?

“As histórias que você quer contar lá na frente são as que estão sendo construídas agora.”

E você, quais histórias está construindo agora? Você terá orgulho de contá-las no futuro?

Se consegui te ajudar a descobrir ou refletir melhor sobre seu propósito, deixe um comentário aqui! Será um prazer ler seu feedback! :)

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Tiago De Faveri Giusti
Portabilis

Especialista em soluções para o governo nas áreas da educação e assistência social, co-fundador da startup @portabilis e apaixonado por empreendedorismo.