Aladdin!
O filme de uma experiência magica!
Este ano de 2019 tem sido cheio de promessas por parte da Disney, não uma, mas 4 adaptações dos clássicos irão ou já passaram pelo cinema, sendo elas Dumbo que estreou em março, Rei Leão que estreia em Julho e a sequência de Malévola que estreia em outubro, e é claro a nova adaptação de Aladdin que já está em cartaz, mas afinal, o novo filme de Aladdin faz justiça a animação de 92?
Acho que para esse filme é bem dispensável um breve resumo da história, Aladdin foi um dos filmes que marcou época nos anos 90 e tem uma legião de fãs até hoje, o filme tem como o principal foco mostrar essa história de uma forma recontada tanto para o publico mais jovem quanto para o mais velho, então se você ainda não viu a animação ou o novo filme corra para ver antes de ler esse review, porque haverão comparações.
Bem, para falar desse filme é preciso saber que a história original de Aladdin foi levemente alterada do meio para o fim do filme, e isso de forma alguma faz com que o filme perca algo, ao contrario, ele só ganha novos elementos que não estavam presentes na animação original, toda a ambientação do cenário de Agrabah e as cores vivas tanto nas roupas como nos cenários dão a impressão de que você realmente está em algum país como a índia, algo que tinha sido criticado quando sairam as primeiras fotos oficiais mas que em filme ficou incrível.
O longa nos apresenta novamente toda a interação do Aladdin( Mena Massoud — Open Heart) com Abu, desde roubar pequenos objetos a conversarem entre si, a interação do Aladdin também está muito boa com o Gênio( Will Smith — Um maluco no pedaço), que é tão engraçado e exagerado como o original de 92, Jasmine( Naomi Scott — Power Rangers) por sua vez é que talvez tinham tido mais trabalho para adaptarem, já que além de ter o seu arco original na história ela teve que ter mais importância politica dentro do filme mas isso não se torna uma desvantagem, ao contrario, só agrega a personagem, por fim o antagonista do filme, Ja’Far( Marwan Kenzar — A Múmia), é o que acaba sofrendo mais durante todo o longa, pelo fato de não ser um bom vilão nessa adaptação, é nítido que falta um certo carisma no personagem durante o decorrer do filme.
Para falar um pouco mais das mudanças temos que falar do novo arco da Jasmine, que agora não é mais a mesma princesa que simplesmente não queria se casar com nenhum outro príncipe porque não achava um par ideal, dessa vez Jasmine não quer casar porque deseja assumir o comando de Agrabah como Sultana, se sente no dever de comandar o seu povo, e está preparada para isso. Vendo por esse aspecto, até que faz mais sentido ela assumir o comando, já que Aladdin não possui nenhuma experiencia política, e seria praticamente inútil governando um reino como Agrabah, logo todo o arco da Jasmine nesse filme além de fazer sentido, complementa a história de forma significativa.
O gênio do Will Smith também não deixa nada a desejar, embora nas primeiras imagens de divulgação do longa tenham sido um pouco chocantes para os fãs do filme clássico o ator se encaixa perfeitamente para o papel e honra o legado de Robin Williams como o gênio original, desde a interpretação nas falas e na musica até na própria presença de tela quando está em cena, sem duvidas a escolha do Will Smith foi incrível para este personagem.
Aspectos Positivos do Filme
De longe, o fato de todas as musicas presentes no filme clássico estarem presente nesse filme é um ponto positivo, o filme não tem medo de se assumir como um musical e toma toda a liberdade artística para agir como tal, junte isso com todo o clima magico de Agrabah e uma musica inédita cantada por Jasmine chamada Ninguém me cala e você tem uma das melhores adaptações da disney em termos musicais feito até agora, é difícil para quem está assistindo a não se empolgar e cantar junto com o filme.
Aspectos Negativos do Filme
Infelizmente o filme possui um problema considerável com seu antagonista, Ja’Far na animação é um vilão marcante e imponente, já nessa adaptação em live-action não foi possível extrair o mesmo com Marwan Kenzar no papel, talvez tenha sido um problema de roteiro ou simplesmente o carisma do ator não funcionou com esse personagem, mas de fato Ja’Far deixa a desejar como vilão, já que no minimo esperaríamos algo que parecesse mais um pouco com o vilão de 92 que era tão temido mas também tão adorado. Seu mascote, o Iago, não fala nesse filme e isso faz com que tanto ele como o Ja’Far percam diversas oportunidades de falar e ter interações durante o filme assim como era feito no clássico, a soma de todos esses fatores fizeram do Ja’Far do filme um personagem que deixa a desejar bastante.
Considerações Finais
O filme funciona para todas as idades, desde os fãs mais novos até os mais velhos, porém assim como toda a adaptação feita pela Disney é sempre bom da um conferida no filme original antes de assistir a live-action. Aladdin se consolida como um dos primeiros live-actions a manter a essência do original mostrando algo novo para o publico, gerando assim um filme incrível.
Para aqueles que não sabem a dublagem desse filme tem alguns nomes de peso, um deles é da cantora Drag queen que também é dubladora, a Gloria Groove(Daniel Garcia) emprestou sua voz para o Aladdin no filme e para quem conhece a artista da pra perceber sua voz durante as inúmeras canções do longa, fora Gloria nos também temos Marcio Simoes repetido o papel de Gênio que fez no filme clássico de 92, o que deixou o filme na versão dublada ainda mais nostálgica para os fãs, e por fim temos o dublador do Ja’Far, o Marcelo campos, que é conhecido por ter dublado personagens como o Trunks de Dragon Ball, O Yugi de Yu-Gi-Oh, entre outros diversos outros papeis, pode-se dizer que Marcelo fez um bom trabalho em tentar adaptar o Ja’Far do filme para algo mais parecido que tínhamos no filme clássico, mesmo ele não sendo o dublador clássico do Ja’Far ele fez um belíssimo trabalho.
