Anne with an E: Uma série para guardar no coração

Cayo Cesar
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4 min readApr 12, 2020

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Era um dia como qualquer outro em uma tarde de final de semana, passando catálogos da Netflix com a minha namorada, até que nos deparamos com a Thumbnail de uma garotinha ruiva e o cartaz “Anne with an E”. Assistimos o primeiro episódio. O segundo. O terceiro. O quarto. Passava de meia noite quando decidimos por fim dormir. Depois disso, tornou-se um momento icônico chegar ao final do dia e assistir Anne. Sabe-se que quando se tem algo de qualidade em nossa frente, pensa-se sobre aquilo que consumimos além das telinhas e permanecemos usando, como Anne sempre disse, a nossa “Imaginação”. Flagrei-me lavando louças e divagando sobre momentos de tramas não resolvidas e me perguntando como tudo continuaria, o que aconteceria, como aqueles personagens magníficos e ricos reagiriam aos dramas propostos… Mas me deixei levar por pensamentos diversos neste momento… Mais uma vez, a minha imaginação. Dou graças por não precisar beliscar-me agora como nossa querida Anne de Green Gables quando perdida em suas fantasias mais coloridas.

Hoje eu vou falar um pouco sobre o que aprendi com Anne Shirley-Cuthbert. E faço isso com plena consciência de que meus sentimentos estão aflorados neste momento, visto que acabei de terminar a série... Mas vejo isso como algo muito positivo!

O ponto, e não mais tardarei de tratá-lo, é o que aprendi com Anne! E não imagino uma forma melhor de começar com isso a não ser aconselhando a todos vocês, meus amigos leitores: Nunca cortem as asas de suas imaginações, pois uma vez feito, a criança que vive dentro de vocês pode procurar um canto para brincar sozinha e nunca mais ser encontrada. Nunca deixem de enxergar imagens divertidas nas nuvens e muito menos de criar histórias, de cantarolar músicas inventadas ou de se questionar às coisas da vida, intrigando-se até mesmo com as coisas que parecem pequenas como uma formiga. Voe alto, queridos leitores, voem muito alto.

E Anne nunca me perdoaria caso eu, neste texto, não falasse sobre as mulheres! Em uma época em que não havia voz, nem liberdade de pensamento, nem compreensão igualitária de direitos individuais ou muitas destas outras coisas importantes que todos sabemos, estas bravas guerreiras permanecem lutando pelos seus lugares de direito, pelas suas forças de decisão e, por mais importante de tudo: Pela sua liberdade. Mulheres, vocês são bravas. A sua força de vontade e a mágica que existe dentro de seus olhos não pode ser substituída por nada no mundo e a série retrata isto com maestria!

Anne também me ensinou que não importa o que aconteça, devemos ser quem somos e não nos importar com a noção que as pessoas ao nosso redor tem de nós, contanto que tenhamos plena consciência de quem somos e de quem idealizamos ser um dia. Sejam fortes. O mundo está à nossa porta e ele é cruel, é baixo, é corrupto e incompreende as pessoas de boa intenção e de bom coração. Caso você não se identifique desta maneira, ainda há tempo de mudar. Sempre há tempo de mudar.

Seja um transformador de tudo aquilo que lhe cerca, à sua maneira. Seja um influenciador! Faça uso de sua liberdade de expressão e dê asas às suas ideias, você é livre! Uma de minhas camisetas favoritas tem um dizer que pode explicitar perfeitamente este pensamento: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”, mas caso você seja um neonazista, por gentileza, desconsidere este pensamento. Brincadeiras à parte, é incrível o que aprendemos com os erros da Anne. Faça uso desta dádiva, a sua liberdade de expressão, de forma consciente e tome cuidado para não magoar as pessoas ao seu redor, mesmo que você não tenha esta intenção. Para toda ação, existe uma… Ah, você já sabe disso.

Impressionou-me como críticas fortes e importantes foram levantadas na série, como a discriminação racial e cultural, a repressão sofrida pelas mulheres naquele cenário social de forte influência patriarcal e até mesmo a homofobia. Somos apresentados a personagens que conquistam a sua humanização na percepção da audiência através de seus carismas e logo depois os vemos encurralados em dificuldades do dia a dia, mas cada uma destas problemáticas nos faz chegar a uma conclusão em comum: O amor pode curar qualquer tipo de adversidade no mundo, seja ela qual seja.

Estas foram algumas das muitas lições que aprendi com Anne de Green Gables e eu espero solenemente que caso você tenha aprendido algo que não foi citado neste pequeno texto, escreva aqui embaixo. Farei questão de responder e de mergulhar de cabeça neste campo ilimitado de imaginação que existe ao nosso dispor.

E nunca se esqueça, claro…

“Grandes palavras são necessárias para expressar grandes ideias.” — Anne Shirley-Cuthbert.

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Cayo Cesar
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