Review: Titãs, a série dos jovens super heróis da DC!

A mais recente série do universo da DC chegou há algum tempo no serviço de streaming da Netflix e com ela várias conclusões das especulações que tinham quando a série ainda estava em processo de desenvolvimento, afinal, vale a pena ou não assistir Titãs?

Flávio Jorge
Pixel Up
6 min readFeb 7, 2019

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Titãs é uma série produzida pelo serviço de streaming da própria DC, a DC Universe, e chegou recentemente no serviço de streaming da Netflix. A série ao contrario das outras da DC vigentes atualmente pelo canal da CW não conta com um número de episódios tão grande, a primeira temporada possui apenas 11 episódios, ao contrário do padrão das séries de TV que tem em torno dos 20 episódios.

Se você é aquele fã da animação dos jovens titãs de 2003 talvez essa série possa ser um pouco difícil de aderir logo de cara, já que a formação dos titãs é bem distinta do que conhecemos na animação clássica, o fato de não possuir o Ciborgue no grupo embora faça falta não chega a ser um fator decisivo ou até mesmo interfere na trama dos personagens, a adaptação consegue cobrir o espaço dele com outros personagens o suficiente para não notamos a falta dele sempre.Vale lembra que o ciborgue não pertence mais a formação dos titãs desde o reboot da DC nos Novos 52, e que agora é um dos membros da liga da justiça.

A nova equipe dos Titãs

A história que envolve o grupo nessa primeira temporada gira basicamente em torno da Ravena(Teagan Croft) e do Robin(Brenton Thwaites — Piratas do caribe: A vingança de salazar), a Ravena assim como todos no grupo dos titãs ainda está aprendendo a usar os seus poderes, a série traduz o poderes obscuros/místicos da Ravena como uma maldição que ela ainda não tem controle, isso torna o clima da série extremamente sóbrio e propício para cenas mais pesadas, a ação e a brutalidade do Dick Grayson combinam perfeitamente com o clima escuro e sombrio da série, eles dois são os que fazem a trama girar e são basicamente o foco do grupo nessa primeira temporada. Seguindo com os personagens temos a Estelar(Anna Diop — 24:Legacy), que embora sua história nessa primeira temporada tenha sido facilitada pelo fato da sua perda de memória logo no primeiro episódio, ainda consegue ser de longe um dos pontos fortes da série pelo fato das suas ações dentro da trama serem motivadas apenas por puro instinto, o que nos mostra uma Estelar completamente diferente da ideia da personagem que tínhamos nas animações dos jovens titãs, nos fazendo re-imaginar a ideia da personagem por completo. Por fim, temos o Mutano (Ryan Potter — Supah Ninjas) que de longe é o mais afastado na trama, infelizmente ele foi o único titã que não tinha o motivo muito plausível para se juntar a equipe, ele apenas se juntou porque achou que seria uma boa oportunidade de ajudar a Ravena e os outros integrantes, porém ele também tem seu espaço e sua importância dentro da trama principal. Além dos Titãs que conhecemos, outros personagens aparecem na trama, e embora tenham pouco tempo de tela eles conseguem interagir e desenvolver bem a história principal.

Capa da HQ dos Novos Titãs

Embora muito criticado, o figurino da série se mantém fiel aos dos quadrinhos da sua própria forma, mesmo que a Ravena e o Mutano ainda não estejam usando seus uniformes clássicos da pra perceber a referência dos mesmos na suas roupas, o mesmo vale para Estelar que sempre esta usando roxo em suas vestimentas, os únicos que aparecem realmente de uniforme são o Robin, Rapina e Columba, os mesmos tem seus uniformes originais trazidos diretamente dos quadrinhos.

Comparação da Estalar das HQ’s com a da adaptação

Sobre a caraterização de personagens como a Estelar que gerou muita polêmica por se interpretada por uma atriz negra, a adaptação acertou nisso, tanto na escolha da atriz, quanto no estilo da Estelar que eles queriam adaptar, essa Estelar é claramente diferente da que nos vimos na animação de 2003 e é uma adaptação direta da personagem dos anos 80/90 ainda nos quadrinhos, o fato da sua pele não ser laranja como a da estelar não é um problema já que a série não tende a seguir os moldes que estamos acostumados com os longas da Marvel que não hesitam em colorir seus personagens para os filmes, nesta série dos titãs o estilo tanto da câmera como a o próprio enrendo é muito sombrio e realista, o que faz com que personagens extremamente coloridos como a Estelar se tornem mais discretos na série, outro argumento que pode-se comprovar que isso foi uma escolha da série é que o Mutano também não é verde a todo momento, apenas quando está prestes a se transformar, e isso ao decorrer da série não chegar a atrapalhar ou prejudicar na história, só serve para mergulhamos mais no clima que a própria série propõe.

Aspectos positivos da série

A série consegue junta os gêneros de terror e ação ao mesmo tempo, é um aspecto bem peculiar já que nunca antes o gênero de terror foi aplicado dentro de um série e/ou filmes de super- heróis de forma que realmente fizesse sentido com a trama, o que faz Titãs de certa forma uma serie inovadora nesse aspecto.

Diversas vezes somos surpreendidos com a quantidade de personagens que são colocados dentro de tela, muitos deles são ainda de um cenário underground da DC e que foram bem elaborados dentro dessa temporada, temos uma sensação de está assistindo as animações da DC pelo fato de não haver um limite para referências ou para a quantidade de personagens que são colocados em tela, o que deixa a série extremamente fluida e pouco forçada.

Imagem promocional da série

Aspectos negativos da série

O CG é de longe um dos aspectos negativos dessa série, o fato da câmera ser extremamente escura ajuda a quem está assistindo a não perceber que os efeitos especiais são extremamente fracos, durante vários momentos na série os poderes são “travados” por certas limitações dos próprios personagens, que estão aprendendo a usar seus próprios poderes, todos esses fatores juntos fazem com que o protagonismo do Robin na série ser justificável nas cenas de ação, já quem são cenas mais “baratas” de serem produzidas. O fato dos efeitos especiais serem limitados não estraga o decorrer da historia mas é algo que deve ser trabalhado para as futuras temporadas.

A série termina no ápice do seu clímax, com um gacho enorme para a segunda temporada, algo parecido com a Season Finale da primeira temporada de The Flash da CW, porém neste caso a temporada acaba sem dar nenhuma finalização para nenhum dos personagens apresentados durante toda a trama, o que particularmente é um pouco frustaste, a sensação que se tem é que está é apenas a primeira parte de uma primeira temporada, já que não houve nenhuma conclusão absoluta na historia, isso foi causado propositalmente, já que a série estava planejada para 12 episódios e não 11 mas os produtores acharam melhor termina no 11° episódio para da um gancho maior para a segunda temporada, agora só resta esperamos a próxima temporada que já está confirmada para concluir toda essa trama.

Poster promocional da série

Considerações finais

Para aqueles que ainda não conhecem o grupo dos titãs ou para aqueles que já conhecem a série é um prato cheio, ao mesmo tempo que a trama nos conta a história de origem dos personagens ela nos dá uma nova perspectiva deles e nós faz gostar desse novo visual e estética. Para os fãs mais saudosistas que assistiram dublado aos jovens titãs de 2003 no Cartoon Network temos uma boa noticia, quase todos os personagens se mantiveram dublados pelos seus respectivos dubladores originais com exceção da Ravena que antes era dublada pela Mariana Torres e que recebeu outra dubladora que mais combinava com sua voz na série, são eles o Sérgio Cantú dublador do Robin Dick Grayson, Luísa Palomanes dubladora da Estelar, Charles Emmanuel dublador do Mutano e Ana Elena a nova dubladora da Ravena. Titãs se encontra disponível na Netflix e no DC Universe.

Assista ao Trailer oficial de titãs aqui

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