É preciso enfrentar algumas barreiras

19h40, eu digo para a Thais que logo você chegará, ela diz seu nome em tom de questionamento, nesse mesmo instante a porta se abre, sua luz ofusca a luminosidade que vem do corredor em contraste com a sala escura. É loucura o quão eu sei de ti com a minima quantidade de vezes que conversamos.

Você meche com o que eu temi por seis meses, os seis meses entre minha maior decepção e bater meus olhos em ti. Te olhar e sentir que você me traria problema. Hoje, agradeço por ser um elemento que me afastou de uma amizade fracassada.

Cheguei mais cedo. A sala estava vazia. Acendo as luzes, pego meu livro, e penso o quão estranho seria nós dois e o vazio daquela grande sala. Vejo um vulto passar pela porta, é você adentrando.

(silêncio)

O que acabei de pensar? Eu amo como minha intuição me leva à ti. Assim como aquele dia em qual quis mudar o caminho e esbarrei contigo. Juro que nesse dia eu temi ter parado pelo choque, mas segui, e enfrentei a timidez que me atormenta a vida toda. Luana ficou boquiaberta com minha atitude de te questionar sobre algo aleatório. Melhor ainda foi saber que tu lembrou disso minutos mais tarde ao esbarrar com a pessoa na qual te perguntei sobre.

É loucura eu pensar em ti e ter medo de me aproximar, porém, mais loucura ainda sou eu enfrentar meu coração palpitando e minhas pernas bambas em todas as tentativas de conversar contigo a fim de que possa existir algo.