Dos princípios, o princípio
O ponto de partida do trabalho do Ombudsman do Portal Vertentes também começa com dúvidas e questionamentos, mas com boa expectativa de uma valorosa experiência.
Assim como o próprio trabalho do Portal Vertentes, o trabalho do Ombudsman também se inicia com alguns questionamentos, mas com vontade de acertar e compreender o funcionamento do processo que consiste em ouvir críticas e sugestões. Afinal, toda ideia em seu início apresenta percalços e dúvidas. Para onde ir? Como seguir adiante sem tropeçar? Até mesmo para escrever estas linhas pensei em vários pontos de partidas antes de conseguir começá-las.
Bom, este texto é escrito para demarcar o meu trabalho no início do Portal Vertentes, proposta de portal laboratório do Curso de Jornalismo da UEMG Divinópolis, que pretende ser permanente não apenas para a sala atual, mas para as próximas turmas que virão. Assim sendo, fui eleito pela maioria dos alunos do atual 5º período de Jornalismo para ser o Ombudsman do portal. Mas o que isso quer dizer?
Ombudsman é uma palavra sueca que, em uma definição simples, significa ‘ouvidor’. É ele o responsável pelo estabelecimento de um canal de comunicação entre consumidores, empregados e diretores dentro de empresas públicas ou privadas. Já nos veículos de comunicação, por exemplo, passa a representar os leitores que os acompanham.
A função de ombudsman de imprensa foi criada nos Estados Unidos, na década de 60. No Brasil, foi instituída pela primeira vez através da Folha de São Paulo, em 1989, sendo o jornalista Caio Túlio Costa o primeiro a ocupar o cargo em questão. Portanto, a atuação desse ouvidor (nome aportuguesado) é saber escutar as críticas e sugestões, percebendo as características das quais os veículos são feitos. No caso do Portal Vertentes, como estamos no começo do processo de produção de matérias e de sua consequente veiculação, o feedback ainda é curto para que saibamos exatamente o que o público espera.
No entanto, podemos perceber que já existe uma resposta interessante ao que já foi ao ar.
As respostas em relação às primeiras matérias aconteceram principalmente em termos de visualizações, tanto na própria página do portal no Medium quanto na página do Facebook. Já na segunda semana de atividade, tivemos a reportagem sobre o “Dia de Cão” — ação realizada pela SPAD (Sociedade Protetora dos Animais de Divinópolis) — que foi registrada em vídeo e já possui mais de 3 mil visualizações no Facebook, além de 9 comentários e 47 compartilhamentos. Esse vídeo simboliza o conceito pretendido e destacado dentro dos princípios editoriais do Portal Vertentes: explorar formatos diferentes de produções e ampliar a divulgação das matérias nas redes sociais, sem que a qualidade do conteúdo seja perdida.
Como foi dito no próprio título deste texto, no princípio de qualquer caminhada temos a dificuldade de saber para onde se mover efetivamente. Mesmo a minha função é suscetível à questionamentos. Procurarei aqui, tentar analisar o conceito do projeto e o que está sendo produzido pelos alunos. A minha intenção não é criticar matérias específicas, mas, quando necessário, pensar em melhorias para o portal.
Seu começo, inclusive, mostra que esse caminho jornalístico tem de ser percorrido a fim de valorizar ainda mais a profundidade das matérias. Elas devem fazer a diferença não apenas dentro da faculdade, mas sim na sociedade em geral. Dessa forma, temos de dar o espaço para que esse crescimento possa acontecer. Porém, como ouvidor e, por enquanto, também observador desse surgimento, é necessário que aconteça o maior casamento daquilo que é escrito, veiculado e pensado como o futuro da experiência, ao que foi estabelecido como princípios editoriais.
Como está escrito…
“ A busca pela nossa própria essência, faz com que queiramos permear por todas as vertentes existentes no jornalismo. É necessário conhecê-las e nos reconhecermos dentro delas. Por isso, o nosso nome será exatamente esse: Vertentes. Palavra que remete às direções que buscamos seguir para que todos os nossos valores sejam cumpridos e reconhecidos.”
Elas ainda podem e devem ser mais exploradas. Mas como foi dito, ainda estamos em um princípio. Que esta caminhada seja bem sucedida para todos nós!