O papel do ourives na produção de joias
Entenda como funciona a profissão, ainda pouco conhecida, mas que encanta com os pequenos detalhes de seus produtos
Você sabe o que faz um ourives? Ele é o profissional responsável pela criação, produção e manutenção de joias e ornamentos. A ourivesaria, como é conhecida a atividade, é considerada uma arte, datada de 2500 a.C. Embora o ofício seja uma arte milenar, poucas pessoas sabem realmente o que ele é.
De acordo com o ourives Rodrigo Alves, que atua há quase 30 anos no segmento, a profissão ainda é muito desconhecida “quando eu vou passar o meu e-mail e a gente vai passar o nome pelo telefone, a gente fala ourivesaria e a pessoa nem sabe o que é”, explicou. No entanto, ele ressalta que recentemente após a divulgação da profissão na novela Império, da Rede Globo, o público se familiarizou com o termo.
Quanto ao processo de produção, Rodrigo explica que existem ourivesarias industriais que produzem em larga escala com base em moldes e outras de cunho artesanal. Nas artesanais ele conta que “pega o material bruto, um pedaço de ouro sem forma de nada, aí derrete e molda, é uma coisa bem artesanal mesmo”.
A matéria-prima de trabalho não é barata, “às vezes você gasta um dinheiro para fazer uma joia e acaba que esse dinheiro você tem que pagar a vista. Ouro e pedra não se compra a prazo e às vezes você vai vender em 10 vezes”, esclareceu o ourives. Outra dificuldade da atividade é a falta de segurança. “A gente vive num mundo que está muito violento e tem essa questão que a gente tem que ficar trancado”, ressalta Rodrigo.
Em relação ao mercado atual ele diz que “melhorou muito nos últimos tempos, embora estejamos vivendo um momento de crise a joia é um objeto de desejo e é um bem durável também”. De acordo com Rubens Lucas, empresário do ramo, o momento atual é favorável para o comércio. “Como é uma época de dia dos namorados a pessoa não deixa de dar um agrado, é uma época bem aquecida do ano”, afirmou. Já quando o assunto é a produção de joias, ele ressalta que “é um mercado que tem escala e tem crescimento, isso nunca vai acabar sempre vai ter a mão de obra necessária apesar da industrialização”.
