Les temps sont relatifs; l’affinité, intemporelle
Relativo é o tempo;
Atemporal, a afinidade.
Assim amadurece o cenho,
Do caos à serenidade.
Represada estava a alma,
Ressentida e racionalmente ancorada,
Pretensamente pretendia a calma,
Solidificando-a em superfície congelada.
Atualizadas foram as emoções:
Rompeu-se o dique!
Salve-se quem puder!
E quem puder, que fique!
Agora segue salgada torrente,
Lavando a alma de toda gente,
Revolvendo todo sentimento,
Sedimentando o renascimento!
Percorrerá ainda antigos vales,
Recriando sulcos profundos,
Arrastando árvores e casas,
Aves psicopompas voando,
Findando todo um mundo.
Assim o ciclo se completa
E o sábio mais tolo o contempla:
O tempo sobreposto das Eras!
É o negócio da Vida:
Memórias preservadas em espiral,
E a afinidade, segue sendo atemporal!