Rasgaram o livro do Edu
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Filho único e apaixonado por livros, Edu só quer ter paz para a leitura, mas não tem apoio dos pais que acreditam que seu hobby virou vício. Quando sofre um ataque racista na escola, não consegue pedir ajuda porque duas irmãs aparecem em sua casa, o perseguem e recebem toda a consideração dos pais. Edu precisa decifrar o mistério envolvendo as irmãs e aprender a se defender.
“Eu sempre incomodei, não sei se é porque adoro livros, se é porque gosto de ficar no meu canto ou porque sou negro”. Assim vive Edu, perdido em seus pensamentos e tendo que viver numa sociedade que ele não compreende.
Infelizmente, histórias como a de Edu acontecem na vida real. Conforme reportagem do portal G1 “mais de 3 mil denúncias de discriminação em escolas estaduais de São Paulo foram registradas somente em 2023.”*
Recentemente, o caso da filha da atriz Samara Felippo chamou a atenção para uma violência que crianças e adolescentes vivem há muitos anos.
E como fica o emocional destas crianças e adolescentes? Rasgaram o livro do Edu proporciona refletir sobre a subjetividade de adolescentes negros, a responsabilidade das escolas, das famílias e do poder público.
Em Rasgaram o livro do Edu, o protagonista não consegue contar com a família e com a escola. Ele precisa investigar, pois acredita que está sendo vítima de uma grande farsa.
“Sei que a entrada da caverna é um caminho sem volta. Até se pode sair de lá, mas ao sair, nunca se é o mesmo e eu também não serei.”
Edu é um leitor voraz, amante das palavras, inteligente e por vezes sarcástico. Ele é o narrador da própria história e assim descobrimos o que acontece no seu mundo interior e exterior.
Sua luta por conseguir respeito nos inspira a acreditar e construir um mundo melhor.
Rosa Scarlett
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