Mobiliário: Praça EA-UFMG
Apresentação: a transformação da praça existente na esquina da rua Paraíba com Gonçalves Dias, em frente à Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, na cidade de Belo Horizonte.
Como um exercício cidadão de democracia em escala local, a transformação dessa praça e sua evidenciação como espaço de estar e não de passar foi um importante ato para mudança de sua visão e sua inserção no bairro para a população local e para os alunos da faculdade. Uma forma não somente de evidenciar esse potencial como local de convivência, permanência e sociabilidade, mas também de criação e fortalecimento de uma relação afetiva dessa população com o local.
Essa nova relação com o lugar veio não somente dos resultados, até porque eles ainda estão em processo. A própria ação de estar utilizando a praça, seja para o plantio de um novo jardim (e a discussão sobre a possibilidade dele ser comestível), seja para a realização de um evento da faculdade, trouxe as perguntas vindas dos moradores e dos demais estudantes, trouxe o debate e as discussões.
As mudanças, então, foram feitas. Desde o plantio de um jardim comestível, até a construção de mobiliários urbanos, foram feitos uma série de testes de possibilidades de ocupação do lugar. Uma verdadeira forma de manifestação de maneira propositiva por melhorias daquele espaço.
Pensamos, aqui, na importância da criação desse mobiliário para praça. Com certeza, para torná-la mais confortável e mais apta a ser um local de permanência, mas, também uma forma de reivindicação por uma infraestrutura permanente. Com o mobiliário construído utilizando-se material que seria descartado pela própria Universidade, foi possível iniciar uma mobilização imediata no local. Com um lugar para sentar, a praça tornou-se mais confortável e é visível a mudança imediata em sua dinâmica.
Com o mobiliário construído e a partir da realização de alguns eventos na praça, foi possível evidenciar uma nova ideia de praça, como um local de estar. Os eventos a tornaram viva e com qualidade de convivência, trazendo a ideia para o cotidiano e fazendo, de certa forma, o não-lugar tornar-se um lugar.
O que foi construído? Foram construídas três cadeiras cortando-se pedaços de ferro que seriam descartados pela Universidade e utilizando-se lona de cadeira de praia. Além disso, foi feito também um balanço com madeira reutilizada e corda.