Música Brasileira Pra Gringo Ouvir — Julho / 2019

Bananas Music
pragringoouvir
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5 min readJul 22, 2019

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Artistas que o mundo todo, incluindo o Brasil, precisa conhecer.

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A pergunta é simples:

“O que você apresentaria quando um gringo pedisse indicações de sons brasileiros interessantes surgidos por aqui nos últimos tempos?

Respondemos essa pergunta imaginária criando o MBPGO, um report mensal onde selecionamos 5 artistas e um de seus lançamentos para destacar aqui.

O nome e o conceito desse material é inspirado em uma playlist que já existe há tempos no nosso perfil no Spotify.

Está no ar o Música Brasileira Pra Gringo Ouvir / julho de 2019.

Confere aí ;)

Antes de ler o report completo aqui embaixo, assista ao vídeo e se inscreva no nosso canal no Youtube! Prometemos muitos conteúdos sobre música boa :D

Sessa

A música brasileira está mais viva do que nunca. Quem morre de saudade dos tempos de Caetano Veloso e Jorge Ben Jor, já pode sorrir :)

As percussões, os arranjos, o tom orgânico, as vozes femininas e a suavidade no primeiro álbum de Sessa, chamado Grandeza, parece ter juntado o que de melhor já aconteceu até hoje na nossa música.

Apesar do primeiro álbum, Sessa não é nenhuma novidade. Com 10 anos de carreira ele é co-fundador da banda Garotas Suecas e vem colaborando como guitarrista ao lado do nova iorquino Yonatan Gat.

Mas a música brasileira pegou ele de vez no seu projeto solo, com clara influência dos Afro Sambas de Baden Powell. As letras giram em torno de vários temas, mas tudo parece se encontrar na palavra liberdade — liberdade no amor, na vida, em tudo.

Grandeza tem 11 faixas que, segundo o músico, nasceram na estrada de maneira bastante orgânica. O disco está sendo lançado em vinil e digital pelo selo RISCO, em parceira com o selo canadense Boiled Records.

Nosso destaque fica para a faixa Dez Total (Filhos de Gandhy), que apesar de curtinha não vai sair mais da sua cabeça.

Clarice Falcão

Tanto seu trabalho na música como o de atriz fez Clarice Falcão um nome já conhecido do público brasileiro. Mas a Clarice da qual estamos falando aqui parece ser uma quase que completamente nova.

A cantora de letras irônicas e uma sonoridade mais folk e pop dos trabalhos anteriores dá espaço à uma artista que quer falar um pouco mais sério.

O seu terceiro álbum de estúdio, Tem Concerto, é novidade pura. Com uma estética toda voltada para o eletrônico e o techno pop, a ironia deixa de ser protagonista, abrindo passagem também para algumas dores e questionamentos reais.

Qualquer semelhança com a sonoridade do Teto Preto não é em vão: as faixas foram mixadas por Sávio de Queiroz, integrante do grupo.

Quando o tom de humor ácido já conhecido de Clarice encontra essa nova roupagem, outra agradável referência vem à mente. Em alguns aspectos, Tem Concerto lembra o ótimo Letrux Em Noite De Climão.

E assim como Letrux, Clarice também soube nos entregar faixas com cara de hit. Destaque para Mal Pra Saúde e Horizontalmente.

Mc Tha

Mc Tha vem desde 2014 misturando principalmente elementos de funk com uma temática mais pop através de diversos singles — e é só analisar seus lançamentos para ver a clara maturidade da artista.

O primeiro disco veio só em 2019, mas valeu a espera.

“Rito de Passá” ainda traz o funk e do pop dos trabalhos anteriores, mas agora também dialoga com alguns elementos afro e religiosos — como tambores e aspectos da melodia — e outros mais regionais — como a guitarrada.

Bastante indicado para quem gosta de Luiza Lian e Jaloo, que inclusive participa do disco ao lado de Felipe Cordeiro na faixa Onda.

A gente precisa destacar a música que dá nome ao disco: ela revela um poderoso diálogo entre as batidas do funk e o os tambores da umbanda.

E faz muito sentido, já que Tha cresceu no funk e, com o tempo, também passou a frequentar um terreiro de umbanda e hoje é até médium da casa.

Também vale mencionar o cuidado com os elementos visuais do trabalho, como a capa do disco cheia de referências e o clipe de “Rito de Passá”, dirigido por Rodrigo de Carvalho.

Orquestra Vermelha

Matheus Leston, o criador da Orquestra Vermelha, a define como “a banda de um homem só”, mas essa é uma afirmação questionável. Isso porque a percebemos mais como um projeto audiovisual, ou até um projeto de arte e questionamento do que propriamente uma banda.

Ao vivo, Matheus é o único presente de fato no palco e toca ao lado de 6 sombras projetadas em tamanho real através de telões de led. Essas silhuetas dançantes pertencem aos outros 6 músicos que gravaram o disco “Orquestra Vermelha” ao lado de Matheus.

Foi mais ou menos assim: ao mesmo tempo que gravavam suas participações no disco eles eram filmados já pensando na apresentação ao vivo.

O resultado é mágico.

O objetivo do projeto é questionar o que é um instrumento ou até um músico de fato nos dias de hoje em que o computador e seus softwares são tão presentes na performance ao vivo.

Se o conceito já é pesado, o som é ainda mais: rock experimental e pesado com andamentos tortos e pegadas de funk e jazz. No fim das contas, é um bando de músicos muito talentosos se divertindo ao tirar o melhor de seus instrumentos.

Nosso destaque vai para a faixa que abre o disco, Funk Barítono, que já começa prometendo o que o álbum todo, ao fim da audição, consegue mesmo entregar.

E aí, curtiu? Já conhecia esses nomes? :)

Deixa seu comentário aí embaixo pra gente ir trocando uma ideia e se tiver uma sugestão para a gente colocar nas próximas edições, ela será muito bem vinda. Ah, e não esquece que todos esses artistas e muitos outros estão na playlist Música Brasileira Pra Gringo Ouvir no perfil do Bananas Music Branding nas plataformas de streaming. Segue lá!

Para ouvir tudo isso e muito mais clica aqui e segue nossa playlist no Spotify ou aqui para ouvir e seguir na Deezer.

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