Acessibilidade na Web: Entenda quais diretrizes devem ser seguidas

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Transforma Pravaler
4 min readApr 17, 2020
Photo by Jonas Leupe on Unsplash

O termo acessibilidade na web representa um universo inteiro de possibilidades. É só a gente pensar na diversidade de pessoas que acessam a rede que dá para ter uma noção do quão amplo o tema é. Apesar desta amplitude toda, existe um conjunto de regras sólidas que orientam quem trabalha com tech, na hora de construir sites e aplicativos. Tá achando que tecnologia é bagunça?

Esse “guia” se chama WCAG ou Diretrizes Para o Conteúdo de Acessibilidade na Web. A primeira versão foi publicada em 1999, a segunda em 2008 e a última em 2018. É justamente sobre a importância do WCAG e sobre como funcionam as suas regras que a gente veio falar. Esse é uma espécie de porta de entrada para o mundo da acessibilidade. Então, se você tem vontade de trabalhar com UX e programação front-end, essa pode ser a sua iniciação no tema.

Caso você queira conhecer a última versão do WCAG na íntegra, clique aqui. Mesmo depois da atualização, o conteúdo segue parecido com a versão de 2008, mas os critérios de sucesso agora estão mais completos. Além disso, eles estão explicados com mais detalhes e o documento apresenta links e exemplos para que seja de mais fácil compreensão. Isso pode ser útil para tornar ainda mais claro quais são os caminhos a serem seguidos na hora de tornar um site acessível.

Acessibilidade na WEB e os princípios do WCAG

Antes de falarmos sobre os princípios do WCAG é legal deixarmos registrado que a sua principal função é fazer com que os ambientes digitais possam ser usados plenamente por todas as pessoas, inclusive as que têm algum tipo de deficiência. Agora que a gente fez esse registro, bora destrinchar esses princípios. Cai pra dentro, WCAG!

Perceptível: Lembra que os ambientes digitais devem ser transitáveis para todas as pessoas que têm acesso à internet? Então, para que eles sejam perceptíveis para pessoas que têm algum grau de deficiência visual ou auditiva, é preciso que que os conteúdos sejam apresentados em mais de um formato. Ou seja, é extremamente importante que todo o conteúdo seja visível e audível.

Quer alguns exemplos? Imagens precisam conter descrições alternativas e vídeos precisam ter legendas, por exemplo. Outro exemplo é a necessidade de que os códigos de HTML consigam compreender leitores de tela.

Operável: um site realmente operável é aquele em que todos os usuários conseguem transitar e realizar as operações disponíveis sem barreiras de acesso. Para que isso aconteça, é preciso que a codificação de HTML esteja ajustada, o que permite a navegação também pelo teclado, além do mouse. Outro ponto importante é a velocidade do site: nem muito rápida, nem muito devagar.

Quer conhecer uma regra que vai mostrar como o WCAG é amplo, também em relação à sua operacionalidade? Na hora da construção de sites, é importante que seja evitado o uso de dispositivos que funcionem como gatilho para ataques epiléticos: o excesso de cores e iluminação, ou a utilização exagerada de pop-ups costumam ser prejudiciais nesse sentido…

Compreensível: Este terceiro item foca especialmente nos conteúdos textuais de um site ou aplicativo. Além de uma escolha adequada de fontes, escrever sentenças de forma clara e objetiva é fundamental. Esse tipo de preocupação torna o site acessível principalmente para pessoas com dislexia ou algum tipo de deficiência intelectual. Além disso, esse cuidado pode ser útil para aqueles que não fazem parte de determinado contexto cultural ou têm dificuldades de leitura por algum motivo.

Robusto: Essa parte fala especificamente sobre a capacidade do site ser responsivo. Basicamente, é necessário que ele rode bem independente do dispositivo que o acesse. Simples assim…

PRAVALER, se são tantas regras, todas elas têm o mesmo peso?

As regras apresentadas no WCAG são separadas por níveis de “profundidade”: A, AA, ou AAA. No nível A estão os critérios que representam barreiras mais significativas de acessibilidade, aquelas que garantem o acesso da maior parte das pessoas, incluindo aquelas que contemplam as deficiências físicas e intelectuais mais comuns. Um site que segue as recomendações do nível AA, segue todas as regras contempladas no nível anterior e mais algumas outras, o que faz dele ainda mais acessível. As recomendações do nível AAA seguem a mesma lógica, contemplando as regras dos itens anteriores e mais. Isso faz deste nível o objetivo ideal de qualquer desenvolvedor ou UX.

É claro que esse nível ideal raramente é atingido, principalmente no Brasil. Apesar da melhoria constante, nós ainda não podemos afirmar que no nosso país os sites são realmente acessíveis para TODAS as pessoas.

Existe alguma obrigação legal relacionada a acessibilidade nos sites?

Sim, existe. Mesmo não sendo completamente seguida, existe uma orientação legal que determina que todos os sites brasileiros devem seguir as diretrizes A e AA do WCAG.

Já conferiu as vagas do PRAVALER essa semana?

O fato de você ter chegado até o fim deste texto já nos sinaliza que busca se desenvolver teoricamente, o que nós valorizamos muito! Aproveite essa oportunidade e leia também o nosso conteúdo O que é inteligência emocional?

Além de contribuírem para o seu desenvolvimento profissional, esses materiais te ajudarão a entender como é o clima aqui no PRAVALER. Se você, depois disso, achar que combina com a gente, dê uma olhadinha nas nossas vagas. Essa pode ser a oportunidade que você tá procurando. ?

Originally published at https://www.pravaler.com.br on April 17, 2020.

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