Design Sprint: Como ele pode impulsionar o desenvolvimento de produto
Quando falamos sobre o desenvolvimento de produtos, as metodologias ágeis são sempre apontadas como parte fundamental do processo. Essas metodologias, baseadas em colaboração e data-driven, são quase que unanimidade entre as empresas modernas. O Design Sprint é uma das metodologias ágeis mais úteis para o dia a dia dos desenvolvedores.
Vamos passar pelo significado do termo, as diferenças entre ele e um outro nome bem famoso, os motivos que fazem da metodologia uma aliada dos desenvolvedores e pelo seu passo a passo. Nossa intenção é te deixar ainda mais ambientado em relação ao que existe de atual no universo tech e, principalmente, em relação à cultura de cooperação e de decisões baseadas em dados que é comum em toda startup, inclusive aqui no PRAVALER.
Design Sprint é o que, no final das contas, PRAVALER?
O Design Sprint nasceu no Google e tem como inspiração o Design Thinking e outras metodologias ágeis. Seu foco principal é sempre o usuário e, para que seja usada com sucesso, é preciso muita colaboração e comunicação entre os parceiros de trabalho. Como resultado, ela possibilita que times consigam criar protótipos de soluções em um prazo de 5 dias.
Então, Design Sprint e Design Thinking são a mesma coisa?
Calma… A diferença básica entre os dois é que o primeiro propõe um passo a passo para que um objetivo seja alcançado, quase como uma receita. Enquanto o segundo, por outro lado, propõe uma nova abordagem para se achar soluções para algum problema, para que o desenvolvimento de um produto aconteça de maneira assertiva. Ou seja: no Design Thinking não existe receita ou passo a passo, existe só uma maneira diferente de hierarquizar as prioridades e olhar para o trabalho por uma ótica diferente da usual.
Por que essa metodologia pode ajudar tanto quem trabalha com desenvolvimento?
Quem já passou por uma equipe de produto sabe que não existe nada mais assustador do que um prazo pequeno. Por isso, tudo o que ajuda os membros de um time a economizarem tempo é visto como algo muito importante. O Design Sprint possibilita exatamente isso: encontrar soluções em um curto espaço de tempo.
Ele é ideal para entregas como protótipos testados com usuários finais, layouts, fluxos e construção de backlog. Cada um desses itens faz parte do desenvolvimento de um produto e, se for feito com a ajuda de um Design Sprint, pode ser finalizado em um curto prazo, de 5 dias em média.
Partiu passo a passo?
Agora que já deu para você entender o que é o Design Sprint e quais os motivos que fazem dele uma das ferramentas preferidas de quem trabalha com desenvolvimento de produto, a gente vai te mostrar quais são as suas 5 etapas. Lembre-se: cada uma delas deve acontecer em um dia da semana, o que totaliza 5 dias de trabalho.
1º — UNPACK
No primeiro dia, a missão é colocar todo mundo no mesmo barco, em relação ao produto que será desenvolvido. Então, é importante que todos expressem o que sabem sobre ele, o usuário final, o mercado e os concorrentes. Essa parte do trabalho é muito interessante porque, em um time de produto, profissionais de diferentes formações trabalham lado a lado. Isso faz com que os conhecimentos sobre determinados assuntos sejam muitos distintos de uma pessoa para outra.
Um desenvolvedor, por exemplo, com certeza olhará para aspectos do produto que um designer não necessariamente vai dar atenção. Um bom jeito de estimular essa troca de conhecimento é propor atividades específicas, como expressar a voz do consumidor, desconstruir o produto atual, avaliar os produtos concorrentes e definir as métricas de sucesso.
2º — SKETCH
No segundo dia, cada um dos membros da equipe vai pensar em soluções para o problema ou ideias de modelos para o que precisa ser desenvolvido. Essa parte do trabalho será individual, sem interações entre ninguém. No fim do dia, todas as soluções serão apresentadas, discutidas e a sua viabilidade será também considerada.
3º — DECIDE
Esse é o dia de filtrar todas as opções que foram consideradas viáveis na etapa anterior. Se uma dúzia de ideias foi considerada viável, elas todas precisam ser destrinchadas e avaliadas de acordo com o seu grau de dificuldade de ser posta em prática, por cada um dos membros do grupo que terão que participar da sua execução.
4º — PROTOTYPE
Agora é a hora em que a ideia escolhida como a mais eficiente e mais viável será prototipada e virará realmente um produto. É preciso ficar definido quem fará o que e como cada tarefa será desenvolvida. Para que um plano tão detalhado possa ser traçado em um só dia, todo mundo vai ter que produzir dobrado. Então, para tentar organizar melhor as coisas, no início do dia é necessário planejar o que cada membro do time vai fazer para contribuir com a tarefa.
5º — TEST
Chegamos no último dia e aquela solução desenvolvida no dia anterior será apresentada para pessoas que representam o seu usuário final. Cada pessoa deverá testar a solução/produto individualmente e dar feedbacks em tempo real. No final do dia, os feedbacks são reunidos e o grupo pode decidir se a ideia sobreviverá ou não.
Essa rapidez contagia!
Trabalhar em uma empresa onde as opiniões são valorizadas e a cooperação é a base de tudo o que acontece é algo contagiante. Se você tem esse perfil comunicativo, de quem olha para um problema como uma oportunidade de crescer, busque uma oportunidade em um ambiente ágil, com certeza você se dará bem!
Que tal dar uma olhadinha no nosso outro conteúdo: Entenda as fases do design thinking e como aplicá-lo na área de desenvolvimento. Ele vai enriquecer ainda mais a sua visão de desenvolvimento de produto, acredite!
Originally published at https://www.pravaler.com.br on June 25, 2020.