Brasil propõe elaboração de cotas para ingresso de mulheres nas Forças Armadas

Maria Antonia M. Fiorini
PRESS UFRGSMUN
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2 min readNov 4, 2018

O país levantou pauta que foi amplamente discutida no comitê

Folha de S. Paulo

País defendeu elaboração de cotas para a inserção de mulheres nas Forças Armadas Foto: Divulgação

A delegação brasileira propôs, nesse domingo, 04, na Conferência de Ministros e Ministras de Defesa da América (CMDA), a elaboração de cotas de 2% a 5% de mulheres nas Forças Armadas. O Exército, a Marinha e a Aeronáutica brasileira já tem soldadas em seu efetivo. Honduras e Equador se opuseram ao Brasil devido a não obrigatoriedade do alistamento militar nesses países. A estrutura para o atendimento adequado a essas mulheres foi levantada pelos Estados Unidos da América. Nessa situação, a delegação do Peru destacou condições especiais para a inserção de mulheres grávidas tanto na legislação trabalhista quanto estrutural. Durante a discussão, o Haiti sugeriu a separação dos dormitórios dentro das Forças Armadas. Por fim, o Brasil reiterou que não há problema caso os países não consigam cumprir o número inicial da cota alegando se tratar de uma medida recomendatória.

A proposta de resolução do tópico B foi aprovada e teve ampla discussão sobre a inserção de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBTs+) e o condicionamento físico de mulheres. Países como Belize e Honduras fizeram oposição devido ao casamento LGBT+ não ser reconhecido em seu país. Segundo a delegada brasileira, o casamento entre sargentos e a permanência deles no exército foi aprovada por jurisprudência pelo país. Presidido por Nícolas Maduro, a Venezuela criticou o Brasil por não se posicionar quanto ao condicionamento físico de mulheres. O Uruguai apontou que as mulheres passam pela mesma avaliação física como os homens. A Colômbia, então, defendeu a realização de um treinamento diferencial para mulheres que desejem ingressar na Infantaria ao invés de barrar a entrada delas pela sua capacidade como apontado pela Argentina. Os países prosseguiram discutindo as resoluções do documento de trabalho na última desse domingo. Foram quatro dias de sessões de debate sobre dois tópicos: (a) Forças Armadas e Segurança Pública no Continente Americano; e (b) A Incorporação de Mulheres nas Forças Armadas no Continente Americano.

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