Soberania e Consulta Pública dos Estados são foco das discussões do 2° dia no CMDA

Peru considera narcotráfico como a “célula cancerígena” da América Latina e a raíz da violência na segurança pública.

Aline Maria Gomes
PRESS UFRGSMUN
2 min readNov 2, 2018

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TeleSUR

O início do segundo dia no Congresso de Ministras e Ministros de Defesa das Américas abordou como pontos principais a soberania dos Estados e a proposta de consulta pública para a Intervenção das forças armadas na segurança.

Como no final do dia de ontem, os termos utilizados no documento novamente foram problemáticos e tomaram boa parte do tempo de sessão, o que incomodou parte dos países presentes que buscam passar o Tópico B que a casa propõe para o encontro. "Recomenda" e "encoraja" foram os termos defendidos por Peru, visto que "prioriza" pode dar ideia de interesse dos demais Estados em interferir nas decisões internas. Dessa forma, ficou acordado que as propostas do documento de trabalho, que ainda não foram oficializadas, apenas terão caráter sugestivo, ficando a cargo de cada país implementá-las ou não.

Em relação ainda a esse tópico, o Paraguai discursou dizendo que "não cabe a nós passar por cima da soberania dos países, ainda que na cidade do Rio de Janeiro as ações de paz, como apontadas pelos EUA, tenham extrapolado os 90 dias recomendados internacionalmente". Paraguai ainda comentou que viu como "perda de tempo" a discussão de um limite de tempo das ações das Forças Armadas visto que já está previsto no âmbito internacional e que também, em casos de extrema urgência, não é possível padronizar o tempo de inserção dos militares.

A partir disso, o ministro do Peru apontou que "as ameaças de hoje não tem cara nem endereço" referindo-se aos ataques terroristas que são imprevisíveis e anônimos, reforçando o discurso das ministras. Apontou que a criação de um plebiscito seria o ideal para a resolução de questões internas de cada país. O ministro disse que o inimigo desencadeador dos ataques terroristas está no narcotráfico, considerado por ele como a "célula cancerígena" da América Latina.

Ao final, a Venezuela lembrou, sem citar exemplos históricos, aos presentes que a inserção das Forças Armadas não deveriam ser demonizadas já que elas também participaram de questões humanitárias.

Após debates informais, por consenso, foi decidido que possivelmente será aprovado a consulta popular como uma das medidas de solução dentro da agenda para a inserção das Forças Armadas sem que nenhum Estado intervenha no outro.

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Aline Maria Gomes
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