Arquitetura da Informação

Cristiane Rodrigues da Silva
Pretux
Published in
3 min readJan 27, 2022

Realizei um curso excelente na Mergo sobre Arquitetura da Informação e já está nos meus planos realizar outros que são oferecidos por ela rsrs. Todo curso que realizo na Mergo sinto que dei um grande passo no desenvolvimento da minha carreira.

Bom, vamos lá que vou compartilhar algumas reflexões.

Entrar num site, acessar a aba de algum menu, clicar num link e chegar numa mesma informação que estava na home, ou clicar em diversos links e não encontrar a informação que desejava a ponto de virar um ciclo que nos leva a desistência do site. Parece comum não é mesmo? Mas o quanto que estamos preocupados ou atentos a esses detalhes que resultam numa boa experiência para o usuário?

Há como desconectar a Experiência do Usuário com a Arquitetura da Informação? O volume de informações que fornecemos em nossa página é tão importante quanto deixar claro o seu objetivo. Segundo Steve Krug, existem 4 perguntas que o usuário precisa conseguir responder rapidamente assim que entra em um site:

  • O que é isto?
  • O que eles têm por aqui?
  • O que posso fazer aqui?
  • Por que devo estar aqui e não em outro site?

É muito desagradável entrarmos num site que oferece um volume diversificado de notícias sem oferecer ao usuário o seu propósito. A intuitividade nos guia, mas quando a página é construída desrespeitando todos os nossos sensores e capacidade cognitiva, fica difícil desejarmos retornar naquela página. Para evitar a frustração do usuário, devemos aplicar o que conhecemos como Heurísticas de Nielsen:

  • Visibilidade do status do sistema;
  • Correspondência entre o sistema e o mundo real;
  • Liberdade e controle do usuário;
  • Consistência e padrões;
  • Prevenção de erros;
  • Reconhecer ao invés de lembrar;
  • Flexibilidade e eficiência;
  • Estética e design minimalista;
  • Auxiliar usuários a reconhecer, diagnosticar e recuperar erros;
  • Ajuda e documentação.

Um grande volume de informação é tão capaz de nos confundir e dificultar o poder da nossa decisão que, se entrarmos numa loja e nos oferecerem mais de vinte opções de cinto, por exemplo, há uma grande possibilidade de você sair dessa loja sem levar nada.

Então, pensando em todas essas situações, porque Arquitetura da Informação é tão importante na experiência do usuário? O que é preciso para confortar o usuário enquanto ele navega na página?

É fundamental que as informações estejam estruturadas de forma fácil e coerente, sempre seguindo uma lógica. Quando pensamos em categorizar, organizar e planejar, estamos nos referindo a arquitetura da informação. Ela é um recurso indispensável, pois no meio em que nos encontramos hoje, o grande volume de informação exige de nós uma entrega de conteúdo de maneira sintetizada e bem sistematizada para chegar rápido e conectar-se ao usuário.

Para isso, devemos respeitar padrões já pré-estabelecidos, a estética deve ser limpa e o mais minimalista possível, o usuário tem que reconhecer facilmente onde deve navegar e não se esforçar para relembrar onde é feita a sua navegação. Ele tem que ter total controle sobre a situação.

Existem alguns conceitos importantes que podem nos ajudar na estruturação desse conteúdo:

Conteúdo

  • textos, imagens, gráficos, conteúdo em áudio etc.;
  • mapeamento das páginas ou telas;
  • estrutura;
  • taxonomia;
  • volume de informações.

Usuários

  • persona;
  • necessidades;
  • comportamento de busca pela informação;
  • experiência de uso;
  • tarefas que pretende executar na sua aplicação.

Contexto

  • modelo de negócios;
  • objetivos do projeto;
  • tecnologias e metodologias de desenvolvimento;
  • recursos (capital, pessoas, equipamentos, entre outros);
  • restrições.

Para que a arquitetura da informação seja de fato eficiente, é necessário elaborar um conteúdo com atenção aos usuários e ao contexto em que eles e o produto se encontram.

Sendo assim, quando desejamos alcançar fortes resultados podemos, após o desenvolvimento do site, realizar uma avaliação heurística em conjunto com os testes de usabilidade. Quanto mais registrarmos, observarmos o contexto e o comportamento dos usuários na página, mais seremos assertivos no desenvolvimento dela.

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